44% dos jovens se baseiam nas redes sociais para
investir.
Para 64%, é
possível ganhar muito dinheiro em pouco tempo com base em dicas de internet,
aponta pesquisa.
Abastecidos
por uma infinidade de fontes de informação que chegam por meio das redes sociais e dos influenciadores digitais, os adolescentes brasileiros têm desde cedo iniciado
uma cultura financeira própria.
Uma pesquisa do Datafolha encomendada pelo C6
Bank que ouviu cerca de 950 adolescentes brasileiros entre os dias 18 e 25 de
outubro mostrou que cerca de 70% deles têm como hábito guardar algum dinheiro.
Há diferenças, contudo, de acordo com a
faixa de renda. Nas classes A e B, o
percentual dos jovens que têm por hábito fazer alguma economia é de 81%. O
índice cai para 73% na classe C e para 51% nas D e E.
Ter dinheiro para o caso de algum imprevisto e
investir com o objetivo de alcançar um rendimento mensal foram as principais
alternativas apontadas como razão para fazer a reserva das economias.
Os dados da
pesquisa revelam ainda que quase metade –cerca de 44% dos entrevistados– costuma buscar nas redes sociais informações financeiras sobre como lidar melhor
com o dinheiro e investimentos.
Os resultados
da pesquisa mostram também que os portais de notícias especializados e sites de
jornais e revistas foram citados por apenas 26% do total de participantes,
entre as fontes de informação que costumam acessar a respeito do tema.
Entre os influenciadores digitais que dialogam com
o público jovem interessado pelo universo dos investimentos, estão adolescentes
que começaram desde cedo a dar os primeiros passos no mercado.
Destaque
positivo que pode se depreender do estudo é o que 83% dos entrevistados
responderam que se questionam se precisam, de fato, de determinado produto
antes de efetuar a compra.
Entre as situações que os adolescentes disseram
que valeria mais a pena fazer uma dívida para pagar no futuro, nas classes A e
B, viajar para o exterior para estudar liderou, com 54% das respostas.
Já entre os jovens das classes C, D e E, montar ou investir no próprio negócio é a principal razão que os levaria a assumir
algum tipo de endividamento.
FOLHA DE SÃO PAULO