Richard
Thaler, Nobel de Economia em 2017, e conhecido pela "teoria do
empurrão" para que as pessoas façam a coisa certa e um dos nomes fortes da
chamada "economia comportamental"..
Detalhe
importante: ele é apresentado pelo jornal como um dos teóricos que mais
influenciam a previdência privada, mercado em que a participação nos planos
das empresas dramaticamente aumenta quando as pessoas precisam demonstrar de
maneira explícita que não querem participar, se não quiserem ser inscritas
automaticamente.
O governos podem melhorar a saúde e o bem-estar de seus cidadãos
sem infringir sua liberdade, simplesmente elaborando com mais cuidado suas
regras, procedimentos e até mesmo rotulagens. "Se você quer que as pessoas
façam algo, facilite as coisas."
Ele
cita como exemplo da oferta de uma assinatura-teste de um mês de uma
publicação a um preço módico.
"Mas, tendo escrito um livro sobre isso,
vejo mais longe e percebo que ela será automaticamente renovada."
E não é
só isso, ela será renovada ao preço cheio, "e, para desistir, eu preciso
avisá-los com 14 dias de antecedência. Então, o teste grátis de um mês é na
verdade de apenas duas semanas. E eu tenho de ligar para Londres (de Chicago)
em horário comercial, e não de uma linha gratuita".
O
editor pergunta a Thaler sobre como ele lida com o e-mail, smartphones e
as redes sociais.
Estamos em meio a um conjunto colossal de experimentos de
manipulação comportamental que seria difícil de imaginar há mais de uma
década. Google, Apple, Facebook e Amazon realizam constantemente pequenos
testes para ver o que respondemos. "Não estou no Facebook...
Estou no
Twitter e acho que em grande parte ele é bem útil. Há um crescente Twitter acadêmico-econômico
que é fantástico. Quase não há 'ad hominem'.
Há pessoas tuitando conferências
ao vivo. Há pessoas que fornecem um resumo em dez tuítes de algum estudo
novo."
VALOR ECONÔMICO