Bolsa ruma para melhor mês em um ano; dólar cai a
R$ 5,29.
Estrangeiros
buscam oportunidades no Brasil enquanto Wall Street balança.
O mercado de ações brasileiro apresentava leve alta
na manhã desta segunda-feira (31), sustentado pela valorização de empresas de
diversos setores, como os de varejo, tecnologia e bancário.
Referência da Bolsa de Valores, o índice Ibovespa
subia 0,01%, a 111.921 pontos, às 14h37.
O indicador está na linha para uma
alta mensal de quase 7%.
É o maior crescimento em um mês desde o fechamento de
dezembro de 2020.
Sinais da valorização das ações têm reflexo no
câmbio. O dólar afundava 1,79%, a R$ 5,2930.
Essa baixa ocorre mesmo após a divisa americana ter
atingido a menor cotação em quatro meses na última sexta-feira (28).
Analistas apontam o Brasil como um refúgio
momentâneo para investidores estrangeiros que buscam ganhos enquanto as bolsas
americanas seguem voláteis à espera de informações claras do Fed (o banco
central dos Estados Unidos) sobre a elevação dos juros no país.
Nos Estados Unidos, apesar da recuperação iniciada
na sexta, as bolsas acumulam quedas.
Esse é o principal fator externo que tem
estimulado investidores internacionais a buscarem ganhos no mercado financeiro
do Brasil, entre outros países emergentes.
Nesta segunda, os índices Dow Jones, S&P 500 e
Nasdaq subiam 0,40%, 1,09% e 2,24%, nessa ordem.
As altas ocorrem após os três
principais indicadores do mercado acionário americano terem fechado, na última
sexta-feira, com o primeiro ganho semanal de 2022.
No acumulado de 2022, porém, os índices das bolsas
americanas estão negativos, com destaque para os prejuízos da Nasdaq.
A bolsa
que concentra empresas de tecnologia já recuou cerca de 10% neste ano.
O índice MSCI World, que acompanha uma cesta de
indicadores globais, está a caminho de fechar o seu pior mês desde o início da
pandemia, em março de 2020, segundo análise da Bloomberg.
FOLHA DE SÃO PAULO