Maxmilhas, da 123milhas, pede
recuperação judicial e declara dívidas de R$ 226 mi.
Empresa
diz que faturamento caiu 70% com venda de passagens aéreas e 90% com a venda de
hospedagens.
A
Maxmilhas, que pertence ao grupo da 123milhas, entrou com pedido de
recuperação judicial nesta quinta-feira (21) no TJMG (Tribunal de Justiça de
Minas Gerais) declarando dívidas de R$ 226 milhões.
Segundo
a empresa, a ação deve-se aos efeitos no mercado de agências de turismo online
decorrentes da reestruturação da 123milhas, que entrou em recuperação judicial no final de agosto.
Se
um pedido de recuperação judicial é aceito, a companhia consegue evitar a
cobrança de dívidas e ganha tempo para organizar um plano de pagamento.
"Ainda
que a Maxmilhas tenha uma operação independente [da 123milhas], o mercado tem
sido bastante impactado, o que vem dificultando significativamente a capacidade
financeira da empresa", afirmou, em nota.
A
123milhas entrou em recuperação judicial em 31 de agosto, com dívidas de R$
2,308 bilhões.
Nesta quarta-feira (20), a 21ª Câmara Cível do Tribunal de
Justiça de Minas Gerais suspendeu a ação a pedido do Banco do Brasil,
maior credor da companhia.
Caso o pedido de aditamento da Maxmilhas seja
deferido, o valor da causa da 123milhas será retificado para R$ 2,534 bilhões.
"A recuperação judicial está suspensa, logo qualquer
aditamento feito em processo suspenso não poderá ter efeito jurídico", diz
Gabriel de Britto Silva, advogado especializado em direito do consumidor e
diretor jurídico do Ibraci (Instituto Brasileiro de Cidadania).
FOLHA DE SÃO PAULO