O que podemos esperar nos próximos meses?
O
risco de recessão global está crescendo, diz o analista Ricardo Amorim.
Como eu já vinha alertando, a inflação
mundial vem consistentemente superando as expectativas do mercado devido a
excesso de demanda agregada e redução na oferta agregada por quebra na cadeia
de suprimentos, elevação de preço de commodities e frete, e alta de custos
trabalhistas.
Além da entre Rússia e Ucrânia, agora há um risco de um conflito entre
China e Taiwan, após semanas de tensões entre os dois países, o que eleva
também o risco de um grande entre as economias globais.
Se por um lado o
primeiro conflito deu ao Brasil uma posição de vantagem geopolítica entre
os grandes países emergentes, tornando-o mais atrativo para investimentos, por
outro, o risco desse racha nas economias globais é prejudicial ao nosso país,
independente de qual lado seja escolhido.
O país ainda apresentou um crescimento mais forte em relação aos seus pares no
1º semestre, porque já vinha elevando juros para controlar a inflação desde
muito antes do que o resto do mundo, além disso, mais recentemente, tivemos uma
deflação com as medidas temporárias de redução de impostos por parte do
Governo.
Em meio a tudo isso, ainda há a corrida eleitoral que aumenta as incertezas.
Todo este cenário traz muitos desafios, mas também muitas oportunidades em
diversos setores.
RICARDO AMORIM