Operadoras de plano de saúde vão à Justiça para
alterar reajuste de planos individuais.
Associação
do setor argumenta que redução deve ser de 6,91%, e não 8,19%, como determinado
pela ANS; agência mantém o cálculo divulgado anteriormente.
A Abramge (Associação Brasileira de Planos De
Saúde) entrou nesta segunda-feira (9) com uma ação na Justiça Federal do Rio de
Janeiro para alterar o cálculo de reajuste dos planos individuais.
Segundo a associação, a redução da mensalidade deveria ser de 6,91%, e não de
8,19%, como determinado pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).
De acordo com a agência reguladora, o resultado do índice reflete a queda na utilização
dos serviços da saúde suplementar e a consequente redução das
despesas assistenciais para o setor em 2020 em virtude da pandemia da Covid-19.
A Abramge concorda que o reajuste deve ser
negativo, mas discorda da ANS a respeito do valor da redução. Assim, na
prática, se a Justiça concordar com o argumento da associação, a diminuição no
valor da mensalidade será menor.
Enquanto não houver uma decisão final, a Abramge
pede que, por enquanto, seja aplicada a redução de 6,91%, percentual
incontroverso entre as partes.
Em nota, a ANS reiterou que o cálculo "está
correto, seguiu a metodologia aplicada pelo terceiro ano e foi ratificado por
órgão técnico externo e independentes, que é o Ministério da Economia".
FOLHA DE SÃO PAULO