Dona da Gillette e da Pampers estende
licença-paternidade para 8 semanas.
Medida
vale para pais biológicos e adotivos e para casais hétero e homoafetivos
A P&G, gigante de bens de consumo dona de
marcas como Pantene, Gilette, Pampers e Always, anunciou nesta semana que passa
a conceder globalmente licença-paternidade remunerada de oito
semanas para seus funcionários.
A medida entra em vigor em outubro e vale para pais
biológicos e adotivos e para casais hétero e homoafetivos.
“A nova estrutura visa remover o estigma de gênero na prestação de cuidados aos
filhos, dando a todos os pais acesso equitativo à licença remunerada
e, portanto, mudar os padrões culturais da sociedade”, afirma a empresa.
Os funcionários podem tirar o período de licença
continuamente ou fazer um intervalo, em até 18 meses a partir da data do
nascimento ou adoção da criança.
No caso de casais homoafetivos, a P&G dá a
possibilidade deles ou delas estruturarem as licenças da forma como a família
achar mais adequada, decidindo quem ficará com o benefício concedido por lei de
seis meses referente à licença-maternidade, e quem ficará com o novo benefício.
“Ao reforçar nossa política de licença parental
remunerada, buscamos promover a equidade no trabalho e em casa e, assim,
contribuir para um ambiente de trabalho onde nossas pessoas se sintam mais
engajadas e para uma sociedade mais inclusiva", diz Raíssa Fonseca,
gerente sênior de recursos humanos da P&G, em comunicado.
Com sua nova política, a P&G se iguala à
licença-paternidade média de países da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), que é de oito semanas, segundo levantamento de 2018
da entidade.
A licença-paternidade definida pela Constituição
brasileira representa apenas 9% das oito semanas de média da OCDE.
Ainda conforme a organização, os países com maiores
licenças-paternidade são Coreia do Sul (que oferece 52,6 semanas de licença aos
pais), Japão (52), França (28), Portugal (22,3) e Bélgica (19,3).
FOLHA DE SÃO PAULO