INVESTIMENTOS


Com alta de juros nos EUA, renda fixa no exterior atrai interesse de brasileiros.

Lançamentos de produtos nos últimos meses facilitaram o acesso aos títulos do governo americano.

Não é só a renda fixa brasileira que tem despertado interesse dos investidores nos últimos meses.

alta de juros conduzida pelo Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), que levou a taxa básica da economia americana de 0,25% ao ano em março de 2022 para a atual banda entre 4,75% e 5% ao ano, começa a chamar a atenção dos brasileiros para a renda fixa dos Estados Unidos.

Embora com uma demanda ainda muito inferior em comparação aos títulos públicos do governo brasileiro, o investimento em papéis emitidos pelo Tesouro americano e em títulos corporativos negociados no exterior vem ganhando maior apelo no mercado local, com gestoras trabalhando no lançamento de produtos para atender o interesse crescente.

Uma das maiores gestoras de recursos do mercado em escala global, a BlackRock, com cerca de US$ 8,5 trilhões (R$ 43,7 trilhões) em ativos sob gestão, lançou, em fevereiro do ano passado, oito produtos que dão ao investidor local acesso ao mercado de renda fixa no exterior.

Conhecidos pela sigla BDRs (Brazilian Depositary Receipts) de ETFs (Exchange Traded Funds), esse tipo de investimento é uma espécie de fundo de estratégia passiva, que segue uma carteira de composição predefinida e é negociado em Bolsa como uma ação.

Dos 8 produtos lançados há cerca de um ano, 6 seguem o rendimento dos títulos públicos emitidos pelo governo americano, chamados de "treasuries", com diferenças entre o prazo médio de duração dos títulos, e dois acompanham papéis de dívida corporativa.



FOLHA DE SÃO PAULO
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