Nesta semana, a
política monetária e a divulgação de uma nova leva de indicadores de atividade
concentrarão as atenções dos investidores tanto no Brasil como nos Estados
Unidos, países nos quais os respectivos bancos centrais estarão reunidos para
decidir sobre as taxas básicas de juros.
No Brasil,
o Comitê de Política Monetária (Copom) volta a se reunir na terça e na
quarta-feira.
O consenso no mercado financeiro, assim como a aposta da
SulAmérica Investimentos, indica que o colegiado deverá manter a taxa Selic no
seu nível mínimo histórico de 2% ao ano.
Expectativas bem ancoradas e o elevado hiato do produto
corroboram para a manutenção da taxa básica em patamar extraordinariamente
estimulativo.
Ademais, é imposta cautela à política monetária em virtude da
recuperação em curso da economia, das pressões inflacionárias no atacado e da
percepção crescente de riscos fiscais.
Com isso, reafirmamos nosso cenário base de manutenção da taxa
Selic no atual patamar de 2% ao ano por um longo período.
No campo da atividade econômica, o
Banco Central (BC) divulgou o indicador de atividade econômica (IBC-Br)
referente a julho.
De acordo com o relatório, a atividade econômica brasileira
se recuperou da queda registrada no 2º trimestre, reforçando a hipótese de uma
firme retomada nos próximos meses.
O IBC-Br mostrou que a economia cresceu
2,15% em julho, na comparação ao mês anterior, pela série dessazonalizada. Na
comparação com igual mês do ano passado, o indicador exibiu queda de 4,89%.
Apesar da evolução no mês, o IBC-Br ainda se encontra em torno de 7% abaixo do
nível observado em fevereiro, período pré-pandemia.
Pelo lado
da inflação, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulga na quarta-feira o IGP-10
de setembro, que deve
continuar mostrando forte pressão altista dos preços no atacado.
Os preços dos
grãos e do leite serão os destaques de alta na categoria dos agropecuários,
enquanto o minério de ferro, os alimentos industrializados e os produtos
químicos pesarão sobre os preços industriais.
Estimamos alta de 4,3% para o IGP-10 em setembro, somando
inflação de 17,4% no acumulado em doze meses.
SULAMERICA INVESTIMENTOS