A
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recebeu integrantes da
força-tarefa Greenfield, que investiga crimes contra fundos de pensão. Formado
por três procuradores da República e um procurador regional da República, o
grupo fez uma apresentação dos trabalhos realizados desde a deflagração da
operação, em setembro de 2016, destacando as metas para os próximos meses.
No encontro, o coordenador da FT, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, destacou o
caráter interinstitucional do trabalho, frisando que, atualmente, o MPF tem o
apoio de 23 órgãos. Entre eles, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a
Previc, a Receita Federal e o Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o
procurador, essas parcerias têm sido decisivas para permitir o avanço das
investigações, sobretudo pela natureza do principal crime investigado: a gestão
fraudulenta e temerária dos recursos dos fundos de pensão Petros, Funcef, Previ
e Postalis.
Ainda durante a apresentação, os procuradores revelaram à Raquel Dodge que, ao
longo do último ano, as investigações tiveram o escopo ampliado, após a
descoberta de que grupos econômicos que se beneficiavam das irregularidades na
gestão dos fundos de pensão também buscaram e receberam recursos de outras
origens, como a Caixa Econômica Federal. A repetição do modelo de atuação fez
com que a força-tarefa também absorvesse as investigações das operações Sépsis
e Cui Bono. Juntas, as operações têm atualmente três ações penais e dezenas de
inquéritos policiais e Procedimentos Investigatórios Criminais (PICs) em curso.
Justiça em Foco