Bolsa dispara pelo
2º pregão seguido e apaga perdas da pior semana em 12 anos
Dólar cai 1%, mas permanece acima dos
R$ 5
A Bolsa brasileira disparou pelo
segundo pregão seguido nesta quarta-feira (25), com alta de 7,5%, a 74.955
pontos, o maior patamar desde 13 de março, antes das fortes quedas da semana
passada, que foi a pior semana da Bolsa desde a crise de 2008.
Investidores estão otimistas quanto
ao pacote econômico de cerca de US$ 2 trilhões que pode ser aprovado pelo
Senado americano nesta semana.
Na terça, o Ibovespa subiu 9,7% com o acordo
entre democratas e republicanos para a aprovação da medida, que visa aliviar o
impacto da pandemia do coronavírus.
O líder democrata no Senado, Chuck
Schumer, chamou a medida de "maior pacote de resgate na histórica
americana", descrevendo-a como o "Plano Marshall" para hospitais
e necessidades médicas, em referência ao programa financiado pelos EUA que
ajudou a reconstruir a Europa após a Segunda Guerra Mundial.
O texto do acordo ainda não foi
divulgado, porém, de acordo com agências de notícias, deve incluir US$ 500
bilhões em empréstimo e assistência a grandes companhias, especialmente aéreas,
cidades e estados. Também haverá recursos para famílias, por meio de cheques.
Apesar do acordo entre os partidos,
um grupo de senadores republicanos se opõe a medidas para desempregados,
alegando que elas podem incentivar americanos a deixar seus empregos.
Em resposta, o senador Bernie
Sanders, pré-candidato democrata à presidência, dos EUA disse que pode adiar a
votação caso os republicanos não retirem suas objeções ao auxílio de
desempregados.
A expectativa era de que o projeto fosse aprovado ainda neta
quarta pelo Senado e, na quinta, pela Câmara.
O movimento de Sanders minou os
ganhos das Bolsas ao fim do pregão. Dow Jones subiu 2,4%, S&P 500, 1% e
Nasdaq caiu 0,45%.
Já o dólar caiu pelo segundo pregão
seguido e foi a R$ 5,034, queda de 1%. O turismo está a R$ 5,24 na venda.
FOLHA DE SÃO PAULO