MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO


Governo faz maior atualização da história em lista suja do trabalho escravo.

Mais de 200 nomes foram incluídos na lista, que tem ao todo 473 empresas e pessoas físicas.

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) fez a maior atualização da história e incluiu 204 nomes na lista suja do trabalho escravo

Ao todo, a lista tem 473 CPFs e CNPJ.

A atualização deste mês contempla 1.765 trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão. 

Desde o começo da atuação do MTE no assunto, em 1995, 61,7 mil pessoas nessa condição já foram encontradas pela pasta.

A maior empresa que foi adicionada ao rol foi a Kaiser, do grupo Heineken, devido à uma transportadora que prestava serviço para a companhia.

A lista suja inclui empregadores que foram flagrados pelo MTE com trabalhadores em condições análogas à escravidão. 

Dos 204 novos nomes, 19 foram incluídos por constatação de trabalho análogo à escravidão doméstico. A lista completa pode ser consultada aqui.

Em nota, a Heineken disse que a inclusão do CNPJ da Kaiser se deve a um caso de 2021 quando a companhia foi surpreendida " por uma fiscalização do Ministério do Trabalho que indicava infrações trabalhistas inaceitáveis cometidas por parte de uma de nossas prestadoras de serviços, a Transportadora Sider".

"Na ocasião, que nos deixou perplexos, nos mobilizamos para prestar todo apoio aos trabalhadores envolvidos e para garantir que todos os seus direitos fundamentais fossem reestabelecidos prontamente. 

Além disso, asseguramos as medidas necessárias junto à transportadora, que não faz mais parte do nosso quadro de fornecedores", explicou, em nota, a companhia.

A Heineken disse ainda que está trabalhando ativamente para tirar o nome da Kaiser da lista.

Com os 204 nomes incluídos neste mês já são 334 novos integrantes somente neste ano. Em abril, quando aconteceu uma revisão periódica da lista, 125 nomes foram incluídos.

Minas Gerais é o estado com a maior quantidade de nomes na lista suja, com 113. São Paulo vem em segundo, com 44, e Goiás em terceiro, com 37.



FOLHA DE SÃO PAULO
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