Vacinação de profissionais de saúde reduz contágio
domiciliar, indica estudo.
Trabalho
feito pelo sistema escocês de saúde e universidades britânicas comparou números
de vacinados e não vacinados entre 194.362 pessoas.
Dados de profissionais de saúde escoceses
forneceram nesta semana mais um indício de que a vacinação reduz a transmissão
da Covd-19.
O trabalho acompanhou 194.362 pessoas —144.525 funcionários da
Public Health Scotland (PHS), serviço público de saúde, e seus familiares.
É o primeiro estudo a
relatar evidências diretas de redução da doença em contatos de pessoas que
foram vacinadas, afirmou o presidente do comitê de saúde pública da Associação
Britânica de Medicina, Peter English, ao comentar os resultados —ele não
participou da pesquisa.
O trabalho, do qual participaram cientistas das
universidades de Glasgow e de Edimburgo, do Imperial College e da Escola de
Higiene e Medicina Tropical de Londres, mostrou uma queda nas taxas de infecção
nos contatos domiciliares de profissionais de saúde que haviam sido vacinados,
em comparação com os contatos dos que não tinham recebido o imunizante.
A redução foi mais significativa quando os
funcionários do PHS tinham tomado as duas doses da vacina há pelo menos 14
dias: nesses casos, a taxa de Covid-19 de seus familiares foi pelo menos a
metade da dos familiares de profissionais não vacinados.
Na média, os membros
da família de profissionais de saúde vacinados tinham 30% menos probabilidade
de serem infectados.
O estudo do sistema de saúde escocês ainda não foi
revisado por cientistas independentes, mas English considera seus resultados
bastante confiáveis.
“Ele usa um número significativo de dados, o que permite
resultados mais precisos, com intervalos de confiança razoavelmente estreitos.”
Mais de 95% dos profissionais de saúde do Reino Unido já foram vacinados, de acordo com
o governo britânico, o que, de acordo com os cientistas que fizeram o estudo,
deve ajudar na redução mais ampla do contágio no país.
FOLHA DE SÃO PAULO