Nordeste tem recuperação mais rápida de consumo e
turismo na pandemia.
Estudo
do Banco Central relaciona retomada ao efeito do auxílio emergencial na região.
O Nordeste foi a região do país que teve
recuperação mais rápida de consumo de bens, serviços e do turismo após meses de
maior restrição de mobilidade durante a pandemia de Covid-19, segundo estudo
publicado pelo Banco Central nesta terça-feira (23).
De acordo com a pesquisa, a queda foi mais
acentuada no Nordeste e no Sudeste em 2020, mas o primeiro teve retomada mais
rápida. Em 2021, o movimento se repetiu com o agravamento da crise sanitária em
março e retomada nos meses seguintes.
Em abril de 2020, a queda do consumo foi
equivalente no Sudeste e no Nordeste, ambos com retração de 32%.
O Sul ficou em
terceiro lugar, com 26%.
"A recuperação ao longo do restante do ano
[2020] foi mais intensa no Nordeste, refletindo possivelmente a maior importância relativa do auxílio emergencial na
manutenção da renda das famílias da região", disse o BC em
relação ao consumo de bens e serviços.
"O auxílio parece ter influenciado também o
crescimento das compras de móveis e eletrodomésticos com maior ênfase no
Nordeste no segundo semestre de 2020", continuou.
A pesquisa mostrou que em 2021 houve forte
influência da normalização do consumo de serviços às famílias e do crescimento
das compras de automóveis.
A autarquia ressaltou ainda que a recuperação do turismo se dá
em maior intensidade em municípios menores, com até 250 mil habitantes.
Isso
porque o segmento de lazer tem sido preponderante na recuperação.
As viagens a negócios, que geralmente ocorre em cidades maiores
e capitais, ainda sobre os efeitos das mudanças de comportamento adotados na
pandemia, como eventos e reuniões virtuais, além do home office ou regime de
trabalho híbrido.
FOLHA DE SÃO PAULO