Governo começa a recriar medidas da pandemia com MP
que flexibiliza crédito.
Ações
como recriação do auxílio emergencial e antecipação de 13º do INSS são
analisadas.
O governo editou uma MP (medida provisória) que
flexibiliza exigências para concessão de crédito, repetindo uma iniciativa tomada durante o ano passado
após a chegada da Covid-19 ao país.
A medida pode ser a primeira de uma série de ações
adotadas no ano passado para mitigar o impacto econômico gerado pelo
coronavírus e que podem voltar em 2021 diante da continuidade da pandemia.
No momento, o governo analisa recriar ações como o auxílio emergencial (em
menor escala), a antecipação do 13º do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e a
reativação do programa de manutenção do emprego.
As medidas foram sinalizadas
ao longo das últimas semanas e ainda estão em discussão.
A equipe econômica defende que há pouco ou nenhum espaço fiscal para retomá-las sem algum
tipo de contrapartida fiscal, visão que encontra resistência no Congresso.
No caso da MP voltada ao crédito, publicada nesta
quarta-feira (10), o novo texto resgata o teor de uma MP de abril de 2020, que perdeu
sua validade e se limitava exclusivamente a bancos públicos.
Agora,
instituições privadas também terão exigências flexibilizadas para emprestar.
A principal medida é a suspensão temporária, até 30
de junho de 2021, da exigência de apresentação das Certidões Negativas de
Débitos em contratações e renegociações de crédito com instituições financeiras
públicas ou privadas.
No caso de débitos da seguridade social, a verificação será
simplificada e poderá ser feita por meio de serviço eletrônico simplificado de
consulta, disponibilizado pela Receita Federal e pela PGFN (Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional) aos bancos.
De acordo com o governo, o objetivo da medida é garantir
agilidade na concessão de crédito às empresas e segmentos econômicos que estão
sendo afetados pela pandemia do Covid-19.
Apesar da flexibilidade, cada instituição pode adotar suas
próprias regras de exigência no crédito.
FOLHA DE SÃO PAULO