CEOs de guerra” não servem em tempos de crise.
O
colunista do Financial Times, Andrew Hill, alertou para o risco de se ter “CEOs bélicos”
em tempos de crise.
Ele
cita o investidor em capital de risco Ben Horowitz que, em 2011, falou das
diferenças entre “CEOs de tempos de paz” – que evitam linguagem vulgar e
toleram desvios de planos “quando acompanhados de empenho e criatividade” – e
“CEOs de guerra” – que raramente falam em tom normal e não toleram
divergências.
Para Hill, um “CEO de guerra” pode ser um modelo perigoso em uma
crise, levando líderes imprudentes a assumir posições beligerantes.
Com a
Covid-19, líderes precisam admitir que não sabem e estar dispostos a se
adaptar, em vez de apostar em um plano pré-concebido.
Nenhum profissional, empresa ou setor vai
sair da crise como entrou.
Os impactos serão absorvidos, rechaçados ou
amortecidos de acordo com a natureza da atividade, a solidez da instituição, a
agilidade para mudanças, as qualificações técnicas, os contextos financeiros,
os ambientes socioeconômicos...
Há um fator cultural: as empresas têm alma, são
organismos vivos.
Essa identidade, construída com o tempo, é uma nuvem de
valores, conceitos, formas e posicionamentos.
A atmosfera única - forjada com compromisso,
propósito e suor - dá liga à unidade corporativa.
Sou empreendedor com
"estrada" e sempre ouço que é o olho do dono que engorda o negócio.
Ou, como diria Rocky Balboa, "the eye of the tiger", uma referência à
obstinação em superar desafios.
Esse conceito marca o DNA empresarial,
originando culturas inspiradoras, com capacidade de agir, reagir e transformar.
Temos assistido a lives com CEOs, executivos e sócios de companhias.
É a maior
exposição de líderes em escala global.
Em cada fala ou expressão, é possível
perceber graus de motivação, criatividade, garra, confiança e resiliência.
Por
aí, a gente vê quem são os "donos" dos negócios, não importa o cargo
no crachá.
São eles que - com olhos de tigre - entram na briga para ganhar.
Isso é, simplesmente, decisivo.
LINKEDIN