O MÊS NO MERCADO FINANCEIRO
O MÊS NO MERCADO FINANCEIRO
COMPORTAMENTO DOS PRINCIPAIS MERCADOS
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No Brasil, a atividade
econômica mostrou alguns sinais de desaceleração, com retração nas vendas no
varejo, no setor de serviços e na indústria em novembro.
No front monetário, o
Copom optou pela elevação de 1pp da taxa de juros, alcançando 13,25%. A decisão
foi motivada pela persistência da desancoragem das expectativas de inflação,
pelas pressões no mercado de trabalho e pelo cenário externo, que se manteve
incerto e desafiador.
Entretanto, a declaração foi interpretada como dovish por
algumas instituições devido a uma mudança dos riscos de baixa da desaceleração
da atividade global para a desaceleração doméstica.
Os dados de inflação
divulgados em janeiro mostraram composição qualitativa pior do que a esperada,
com serviços subjacentes pressionados.
O IPCA anual de 2024 ficou em 4,83%,
acima do limite superior da meta, enquanto o IPCA-15 de janeiro registrou alta
de 0,11% M/M ante expectativa de -0,02% M/M.
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Nos EUA, o FOMC
manteve a taxa de juros inalterada em 4,25%-4,50%, decisão amplamente esperada
pelo mercado.
O comunicado enfatizou a dependência do comitê em relação aos
dados econômicos e aos desdobramentos do governo Trump nos próximos meses para
orientar a política monetária.
Os indicadores de atividade apresentaram
resultados mistos, com a indústria surpreendendo positivamente e as vendas no
varejo com resultado abaixo do esperado.
O Payroll registrou a criação de vagas
de 256k, evidenciando a resiliência do mercado de trabalho. Já o PIB do 4º
trimestre cresceu 2,3% T/T, abaixo das expectativas de 2,6% T/T.
O consumo das
famílias acelerou de um patamar já elevado, enquanto a principal contribuição
negativa veio dos estoques. Em relação à inflação, tanto o núcleo do índice de
preços ao consumidor quanto o do produtor registraram variação de 0,2% M/M em
dezembro.
No campo político, Trump anunciou tarifas de 25% sobre as importações
do Canadá e México, e de 10% sobre a China a partir de 1º de fevereiro
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Na China, os dados econômicos referentes a dezembro
foram positivos, mas os primeiros indicadores de janeiro sugerem um
enfraquecimento.
As vendas no varejo e a produção industrial de dezembro
superaram as expectativas, e o PIB do 4º trimestre registrou um crescimento
anual de 5,4% A/A, acima da projeção do mercado de 5% A/A.
Já o índice de
preços ao consumidor (CPI) veio em linha com as expectativas, enquanto o índice
de preços ao produtor (PPI) registrou queda de 2,3% na comparação anual. Já os
Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de janeiro indicaram desaceleração: o PMI
industrial caiu para 49,1 e o de serviços para 50,2, ambos abaixo das
projeções.
O PMI Manufatura Caixin também ficou aquém do esperado, marcando
50,1 pontos contra a previsão de 50,6. No âmbito monetário, o Banco do Povo da
China (PBoC) manteve as taxas de juros inalteradas, com a taxa de 1 ano em
3,10% e a de 5 anos em 3,6%, em linha com as expectativas do mercado.
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Na Zona do Euro, o ECB reduziu a taxa de juros em
25 pb, para 2,75% a.a, conforme esperado. No comunicado da decisão, a
autoridade monetária afirmou que o processo de desinflação está bem encaminhado
e que a inflação deve retornar à meta de 2% no decorrer deste ano.
Christine
Lagarde, presidente da instituição, sinalizou que novos cortes irão ocorrer nos
próximos meses. Já os dados de atividade econômica seguem mostrando
desaceleração.
As vendas no varejo subiram apenas 0,1% M/M, abaixo da
expectativa de 0,3% M/M, enquanto o PIB do 4º tri avançou 0,9% A/A, levemente
abaixo da projeção de 1% A/A.
A produção industrial ficou em linha com as
estimativas, registrando alta de 0,2% M/M. Quanto à inflação, a prévia da
inflação ao consumidor (CPI) de janeiro ficou em 2,5% A/A no índice cheio e
2,7% no núcleo, acima das estimativas de 2,4% e 2,6% A/A, respectivamente
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