Home office nos EUA é realidade nas grandes
cidades, mas não nas pequenas.
Mais
frequente em centros urbanos, trabalho remoto vira fator de polarização no
país.
A competição por vagas de estacionamento está cada vez mais
acirrada. Os deslocamentos estão avançando.
As salas de estar nos locais de
trabalho estão se enchendo de agitação enquanto os sócios juniores jogam tiro
ao alvo.
Que discussão sobre a volta ao escritório? Em algumas partes do país,
isso já está resolvido.
Mais de dois anos após a pandemia, os locais de
trabalho corporativos americanos se fragmentaram.
Alguns estão quase tão cheios
quanto antes da Covid-19; outros estão abandonados, as impressoras desligadas e
os copos de café acumulando poeira.
Os trabalhadores das cidades médias e
pequenas dos Estados Unidos voltaram ao escritório em número muito maior que os
das maiores cidades americanas.
Alguns executivos nas grandes cidades esperam que
eles se recuperem, embora tenham sido impedidos por preocupações de segurança e
saúde sobre deslocamentos em transporte coletivo, bem como
mercados de trabalho competitivos, onde os funcionários são mais propensos a
tomar decisões.
Em cidades pequenas –com menos de 300 mil
habitantes–, a parcela de dias inteiros e remunerados trabalhados em casa caiu
para 27% nesta primavera, de cerca de 42% em outubro de 2020.
Nas dez maiores
cidades dos EUA, os dias trabalhados em casa mudaram para cerca de 38%, contra
50% no mesmo período, segundo uma equipe de pesquisadores de Stanford e outras
instituições lideradas pelos economistas Steven Davis, Nick Bloom e Jose Maria
Barrero.
Os escritórios se encheram mais rápido nas áreas
onde os bloqueios da Covid foram mais curtos e onde os deslocamentos são feitos
de carro, segundo Davis.
Muitas cidades da Califórnia e Nova York, em
particular, têm demorado mais para retornar ao escritório do que as da Flórida
e do Texas.
THE NEW YORK TIMES