Inflação assombra trabalhadores na volta ao
escritório.
Transporte diário,
almoço fora e cafezinho custam muito mais agora que antes da pandemia.
Enquanto a empresa
de software de segurança KnowBe4 avaliava se deveria exigir um retorno ao escritório, os executivos sabiam
que haveria uma série de preocupações dos funcionários.
Menos flexibilidade. Mais
tempo no trânsito.
Então, nos últimos
meses, surgiu um novo conjunto de preocupações com essa volta: o aumento do custo da gasolina e dos alimentos,
especialmente perto da sede da empresa em Clearwater, na Flórida, uma das áreas
dos Estados Unidos mais afetadas pela
inflação.
Os trabalhadores
trocavam dicas no sistema interno de mensagens sobre onde encontrar gasolina
mais barata.
A empresa tentou facilitar a transição oferecendo lanches grátis
(picles, Nutella).
Mas alguns funcionários, em parte desanimados pelas despesas
da volta ao escritório, incluindo babás para cães e creches, disseram a seus
gerentes que preferiam continuar trabalhando em casa.
Em janeiro, a KnowBe4
informou seus cerca de 1.500 funcionários que a maioria poderia permanecer
remota indefinidamente.
Os planos dos empregadores de retorno ao
escritório, já sobrecarregados por preocupações com a disseminação do
coronavírus e as exigências de uma força de trabalho
empoderada, agora estão colidindo com
as pressões da inflação.
O custo de uma rotina diária —transporte, café,
alimentação— é muito maior do que quando os escritórios fecharam, dois anos
atrás.
Os preços ao consumidor estavam 8,5% mais altos no mês passado do que um
ano atrás —a taxa de inflação mais rápida em 12 meses desde 1981.
Embora a ocupação
de escritórios tenha atingido seu nível mais alto desde março de 2020, acima de
40%, alguns trabalhadores experimentaram o choque do retorno ao escritório.
NEW YORK TIMES