Mais brasileiros esperam contar só com o benefício do INSS ao se aposentar

Pesquisa mostra que cresceu a fatia dos que acreditam que terão apenas a renda da Previdência Social; entenda.

Quatro em cada dez brasileiros esperam viver apenas com o benefício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) ao se aposentar, e 34% deles sabem que o valor pago pela Previdência Social deve ser, em média, de R$ 2.006.

Os dados estão em pesquisa da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) encomendada ao Datafolha em julho, que mostra ainda um aumento no número de pessoas que acreditam ter apenas a renda da previdência pública ao parar de trabalhar.

Em 2021, 31% tinham essa certeza. 

O número saltou para 42% em 2023. O total de brasileiros que terão como fonte de renda a previdência privada também subiu de 7% para 12% em dois anos.

Segundo o estudo, a maioria dos entrevistados (57%) vai cortar gastos para poder se sustentar no futuro, e 55% deles têm como planos pedir a aposentadoria ao INSS aos 60 anos.

As mulheres contam mais com o INSS quando pararem de trabalhar do que os homens, que disseram ter outras fontes e renda como venda de imóvel ou aluguel, ou ainda outros bens e um negócio para se manter.

Especialistas em finanças pessoais alertam que é preciso se preparar e começar cedo a fazer investimentos e ter uma reserva financeira para que a queda na qualidade de vida ao se aposentar não seja tão brusca. 

O ideal é dar início ao planejamento previdenciário o quanto antes, mas há investimentos que podem ser feitos por qualquer perfil de trabalhador.

Quem contribui sobre um salário mínimo não tem perdas ao se aposentar. Isso porque, quando o INSS calcula a média salarial da aposentadoria, mesmo que ela seja menor do que o piso nacional, o cidadão receberá o salário mínimo, pois não pode receber menos.

Já os trabalhadores que pagam sobre valores maiores, especialmente pelo teto, neste ano em R$ 7.507,49, dificilmente conseguem um benefício no valor máximo pago pela Previdência Social.

A discrepância ocorre por vários motivos. Além das alterações na fórmula de cálculo, houve o uso de diferentes índices de correção monetária sobre os benefícios previdenciários ao longo dos anos, o que resultou em um descompasso entre quanto o segurado contribui e quanto pode receber. 

Mas é possível, em algumas situações, conseguir receber o valor máximo.



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