Volta ao escritório no modelo híbrido inaugura a
era dos 'sem mesa'
Funcionários
agendam espaço por app e fazem check-in pelo celular para ir ao trabalho, e
empresas pedem o PCR para retorno
Com quase metade da população brasileira tendo
recebido ao menos uma dose da vacina contra a Covid-19 e estados
dispostos a retomar as aulas presenciais na rede pública neste
semestre, muitas empresas começam a voltar a ocupar os escritórios.
O novo normal, no entanto, é decididamente híbrido e enxuto: as companhias
diminuíram o número de estações de trabalho, algumas pela metade, outras em até
um terço do tamanho original.
Quem volta ao escritório não volta mais para a
sua mesa, mas para um espaço compartilhado, que muitas vezes precisa ser
agendado com antecedência, por aplicativo.
Algumas empresas deixaram de ter sede própria e
optaram pelo aluguel de estações de trabalho em espaços de coworking, uma maneira de reduzir custos e manter
a equipe unida presencialmente em determinadas ocasiões.
As companhias ainda não exigem o comprovante de
vacinação para a volta ao escritório, uma vez que a campanha está em andamento,
mas recomendam com ênfase a aplicação do imunizante e concedem até o dia livre
para que o funcionário se vacine.
Há empresas que vão além e montaram um espaço
de testagem dentro da sede. É o caso da varejista de moda C&A, que exige
que os funcionários que passem pelo escritório façam o exame anticovid.
A empresa reformulou sua sede no ano passado. Antes da pandemia,
o escritório central da varejista de moda era ocupado por 1.500 funcionários.
A
C&A entregou espaços alugados e concentrou a equipe em um único prédio, com
capacidade para até 700 pessoas.
Mas no momento estão liberadas apenas 350
estações de trabalho, para garantir ainda maior distanciamento social.
O espaço entre as mesas é de um metro e meio, e o uso delas
precisa ser agendado na véspera via aplicativo.
O funcionário chega ao local e
faz o check-in do espaço pela leitura de um QR code adesivado na mesa (para
confirmar que ele realmente está no escritório).
FOLHA DE SÃO PAULO