Reforma da Previdência


O Ministro da Economia, Paulo Guedes foi curto e quase dramático: Ministro fez a afirmação em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado. Segundo ele, sem reforma, "vamos condenar nossos filhos e netos, por nosso egoísmo". Ele também disse que a "bola" da reforma da Previdência "está com o Congresso". E resumiu: "A primeira e maior fonte de desequilíbrio [das contas públicas brasileiras] é do sistema previdenciário (...) O problema é muito sério. O sistema previdenciário está quebrando antes de a população envelhecer”, declarou ele.

Também afirmou que pode deixar o governo se a reforma da Previdência não for aprovada e for reconhecida uma dívida de R$ 800 bilhões da União com os estados. Apesar disso, ele declarou que não deixará o governo "na primeira derrota".

Resultado do embroglio, que inclui a aprovação na noite da véspera  de uma PEC que reduz o poder do Executivo sobre o Orçamento, ao  aumentar os gastos obrigatórios, o mercado financeiro registrou ontem o aumento da temperatura política em Brasília. A bolsa de São Paulo teve queda de 3,57% no dia. O dólar subiu 2,27% e fechou a R$ 3,95. No "after market", onde ações continuam sendo negociadas após o fechamento da bolsa, as cotações das principais empresas continuaram em queda e a moeda norte-americana superou R$ 4,00, resume toda a mídia. 

Os juros futuros reais de longo prazo, aqueles que descontam a expectativa de inflação futura, são um bom termômetro na visão de analistas. Em suas avaliações,  o cenário de aprovação da reforma proposta pelo governo de Jair Bolsonaro levaria os juros reais para o patamar de 3%, enquanto que o quadro de completa rejeição das mudanças colocaria a taxa a 9%. O nível atual está entre 5% e 6%, no meio do caminho

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