A Fundação de Previdência
Complementar do Estado de São Paulo (SP-PREVCOM) identificou que uma parcela
dos servidores públicos decidiu aumentar a transferência de recursos para o
fundo e reforçar as reservas para sua aposentadoria. Do total de 20 mil
integrantes de sua base, cerca de 80% recebem salários acima do teto do INSS de
R$ 5.531,31. Nesta faixa, que corresponde a 16 mil participantes, 12,4%
apresentavam em dezembro de 2016 alíquota superior ao limite de até 7,5%, que é
a contribuição paritária do governo estadual.
A análise destes dados
revela também que o percentual médio de contribuição deste grupo, composto por
cerca de 2 mil servidores públicos, atinge 13,7%, quase o dobro da efetuada
pelo patrocinador. Fato relevante, considerando a recessão econômica
persistente dos últimos anos.
A SP-PREVCOM tem
registrado também a migração de recursos de outros tipos de aplicação para a
Fundação e elevação das contribuições facultativas. Estas duas fontes deram
origem a R$ 11,1 milhões de depósitos feitos no fundo desde o início das
inscrições em 2013 até 2016. Deste montante, R$ 3,6 milhões correspondem à
portabilidade de capital investido em planos de previdência em outras
instituições financeiras. Os valores extras, que o servidor pode aportar sempre
que desejar, foram responsáveis pelo ingresso de R$ 7,5 milhões. Em 2016, estes
depósitos adicionais cresceram cerca de 30% em relação a 2015.
Entre os motivos das
alterações de percentuais e transferência de novos recursos estão a
transparência, a confiança no sistema e sua rentabilidade, que supera com larga
margem os índices de inflação e investimentos tradicionais como a caderneta de
poupança. Além destes fatores, os planos de previdência complementar foram
elaborados de acordo com o perfil e a realidade dos servidores públicos. Na
Fundação, os participantes podem acompanhar como o dinheiro está sendo
investido e integrar seus conselhos e comitês gestores.
Nos últimos três meses a
SP-PREVCOM efetuou os pagamentos das primeiras aposentadorias. No período de
fevereiro a abril, 129 participantes requisitaram e passaram a receber suas
reservas em valores mensais ou pagas em parcela única. A Fundação concedeu
também o primeiro benefício de risco por invalidez para servidor da Secretaria
de Segurança Pública (SSP). Isto confirma que a instituição cumpre o que
promete e que a transição para o novo regime previdenciário já é fato em São
Paulo.
A análise da base da
SP-PREVCOM revela também que o interesse em começar a poupar para garantir uma
renda maior no futuro abrange servidores de todas as idades. Na
classificação dos participantes, a escala por idade vai de 19 a 80 anos, com
grande concentração de servidores de 30 a 50 anos, que representam 60% do
total. Em relação à escolaridade, o levantamento aponta que 67% dos
funcionários inseridos no sistema têm superior completo e 33% concluíram os
ensinos médio e fundamental.
Os funcionários públicos
que aderiram aos fundos de previdência complementar ocupam postos em diversos
órgãos estaduais espalhados por 32 cidades. A Capital lidera o ranking com
cerca de 40% dos participantes, seguida por Ribeirão Preto, Campinas, Bauru,
São Carlos, Osasco, Piracicaba, Santos, Sorocaba e Guarulhos.
Criada
pela Lei 14.653 de 22 de dezembro de 2011, a SP-PREVCOM iniciou suas atividades
em 3 de abril de 2012 com a posse do conselho e de sua diretoria executiva e
foi a primeira instituição no País a implantar o regime de previdência
complementar para servidores. Os planos estão disponíveis para funcionários
titulares de cargos efetivos ou vitalícios vinculados ao Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS) que ingressaram na carreira pública a partir de 21 de
janeiro de 2013 e aos vinculados ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS),
independente da data de entrada no serviço público.
Com patrimônio de R$ 670 milhões e 20 mil participantes, o objetivo da
SP-PREVCOM é garantir o melhor retorno sobre os investimentos dos recursos
destinados à complementação das aposentadorias dos servidores.
SP-Prevcom