Sem cinto de segurança


A Oi e a Sabesp estão entre as empresas com dívidas em moedas estrangeiras que não fizeram hedge cambial.

A companhia de telefonia não tem, nesse momento, contratos de derivativos para se proteger da flutuação do dólar. O Conselho de Administração aprova uma política para o tema a cada ano.

“Tal situação não é preocupante dado o perfil de vencimento de longo prazo da dívida”, informa a Oi, em nota.

Com a aprovação do plano de recuperação judicial, as obrigações financeiras da empresa foram reescalonadas.

A Sabesp tem folga nos indicadores de alavancagem que a permitem ficar sem hedge. A estatal não procura os contratos porque tem acesso a linhas de crédito de órgãos multilaterais que financiam investimentos em saneamento a juros subsidiados. Como o serviço da dívida é baixo, ela se expõe a um risco maior, diz Mário Sampaio, superintendente de captação e de relações com investidor.

“A proteção teria custo de 5% do valor da dívida em moeda estrangeira. Isso equivale a R$ 300 milhões por ano.” Não há muitos contratos em dólar que vencem em 2018.



FOLHA DE SÃO PAULO
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