PF faz nova operação contra fraude bilionária
envolvendo o 'faraó dos bitcoins'.
Segundo
investigação, esquema usava pirâmides financeiras e prometia ganhos por meio da
especulação de criptomoedas.
Policiais federais deflagraram nesta quinta-feira
(11) a quarta fase da operação Kryptos, que investiga fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas.
Estão sendo cumpridos cinco
mandados de prisão preventiva e quatro de busca e apreensão nas cidades do Rio
de Janeiro e de Cabo Frio (RJ).
A primeira fase da Operação Kryptos foi
desencadeada em agosto do ano passado para investigar uma empresa, sediada na
região dos Lagos, do Rio de Janeiro, que usava esquema de pirâmides financeiras, por
meio da especulação no mercado de criptomoedas e a promessa, aos clientes, de
retorno financeiro.
Mais duas fases foram executadas no início deste ano: Valeta, em fevereiro, e Betka, em março.
Na primeira etapa, o ex-garçom Glaidson Acácio dos
Santos, conhecido como "faraó dos bitcoins", foi preso por
suposto esquema de pirâmide.
A quarta fase, que recebeu o nome de Flyer One, tem como foco a
atuação do grupo nos Estados Unidos.
O esquema passou a funcionar também fora
do Brasil, captando recursos de pessoas em países como EUA e Portugal.
Nos Estados Unidos, o esquema foi comandado por um homem que
fugiu do Brasil com passaporte falso, devido a uma condenação prévia por
tráfico internacional de drogas.
O esquema, segundo a PF, usava documentos falsos para justificar
depósitos em contas bancárias nos EUA.
A investigação constatou o depósito de
criptoativos lastreados em dólar americano (stable coins) na conta do homem
apontado como líder da organização.
FOLHA DE SÃO PAULO