Secretário disse que muitos governadores não
poderão aderir ao Plano de Equilíbrio Fiscal se estados ficarem de fora
O secretário do
Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, afirmou nesta quinta-feira (27) que a
aprovação da reforma da Previdência até julho na Câmara e até setembro no Senado, com uma
economia de pelo menos R$ 850 bilhões, já poderá ser considerada um “sucesso”.
Apesar do
otimismo, Mansueto disse que seria importante incluir novamente estados e municípios na proposta. Sem isso,
segundo o secretário, muitos governadores não poderão aderir ao Plano de
Equilíbrio Fiscal (PEF), criado pelo atual governo.
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida
- Alan Marques-16.out.2018/Folhapress
“A reforma da
Previdência se descolocou do governo. A gente está muito próximo de aprovar,
com apoio das duas Casas, apesar de o governo não ter uma base política
sólida”, afirmou o secretário durante o evento Brazilian Banking Conference,
organizado pela agência FitchRatings.
“O presidente da Câmara, que tem sido um grande aliado, fala em votar até antes
do recesso. Depois, se aprovar no Senado até o final de setembro, será um
grande sucesso.”
O secretário
afirmou que as discussões atuais apontam para uma
economia entre R$ 850 bilhões e R$ 1 trilhão, sem a inclusão de estados e
municípios, em dez anos.
“Há ainda a
possibilidade de inclusão de estados e municípios. É fundamental eles
participarem da reforma da Previdência. O que alguns deputados estão
reclamando, é que ele está votando a favor, e o governador que será beneficiado
está falando mal”, afirmou.
De acordo com o
secretário, como a Previdência sozinha não será suficiente para que as contas
públicas voltem a registrar superávit, será necessário nos próximos anos
realizar uma reforma administrativa, com restrição de concursos e reajustes ao
funcionalismo.
FOLHA DE SÃO PAULO