Centrais veem
avanços em relatório da Previdência, mas ainda reclamam de idade mínima.
Para a UGT, estados e municípios deveriam ter sido incluídos no texto,
como previa o projeto original.
Um grupo de
diretores e representantes sindicais se reuniu em frente a um prédio do INSS na
região central de São Paulo nesta sexta-feira (14). Protestavam em defesa da aposentadoria e
contra a reforma da Previdência.
Dirigentes
reconheceram avanços na proposta apresentada na véspera pelo relator
da comissão especial na Câmara dos Deputados, Samuel Moreira, em relação
ao texto do governo.
"Por essa o
[presidente Jair] Bolsonaro não esperava. Os governadores pegaram
reivindicações das centrais e conseguiram garantir mudanças a favor dos
trabalhadores", disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da
Força Sindical.
Ele citou como
exemplos a retirada do relatório de mudanças no BPC (Benefício de Prestação
Continuada) e na aposentadoria rural, bem como da previsão do sistema de capitalização, em que cada
trabalhador faria sua própria poupança.
Ricardo Patah,
presidente da UGT, diz que a entidade ainda está analisando a proposta do
relator, mas que "a sensação geral é de que não é tão ruim quanto já
foi".
Segundo ele, a
permanência das regras básicas da aposentadoria na Constituição foi um ganho. A
PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do governo possibilitava que futuras
mudanças em temas como idade mínima, tempo de contribuição e reajuste dos
benefícios, entre outros, fossem feitas por lei complementar, cuja
aprovação é mais fácil.
Para a UGT, no
entanto, estados e municípios deveriam ter sido incluídos no texto, como previa
o projeto original.
As centrais
reunidas, contando também com CUT, CTB, CGTB, Intersindical, Nova Central,
ainda reclamavam, porém, da elevação da idade mínima e do tempo de
contribuição.
FOLHA DE SÃO PAULO