Juros altos tiram fundos de pensão da infraestrutura


Presidentes de alguns dos maiores fundos de pensão do País estimaram, ao ser entrevistados por jornal, que sobe a cerca de  R$ 15 bilhões o montante que as entidades poderiam investir hoje em projetos de infraestrutura. Esse valor representa um pouco menos da metade da cifra que o governo disse na semana passada estar dispostos a liberar para financiar o pacote de concessões.


De todo modo, os fundos de pensão precisarão de bons motivos para largar os títulos públicos que pagam juros nas alturas e em seu lugar colocar operações de infraestrutura que sempre carregam os seus riscos.


Da carteira total de R$ 730 bilhões, os fundos de pensão têm hoje aplicados em infraestrutura 2,7% disso, o que representa R$ 19,5 bilhões. Caso os juros pagos pelos títulos públicos caíssem, o percentual alocado poderia subir para 5% ou 7%. Gueitiro Genso, Presidente da Previ, e Walter Mendes, presidente da Petros, dizem ambos que há efetivamente espaço para investir em infraestrutura, mas primeiro os juros terão que cair e em seguida os projetos precisarão garantir remuneração suficiente para cobrir os gastos com o passivo. 



O Estado de S. Paulo
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