Do total da população brasileira com parte de seus recursos alocados em
produtos financeiros, 41% buscam informações presencialmente, nas agências
bancárias, junto aos seus gerentes, segundo pesquisa da Associação Brasileira
das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) quantificada pelo
Datafolha. De acordo com o levantamento, essa preferência é mais forte nas
faixas etárias mais avançadas, ou seja, entre aquelas pessoas que cresceram em
uma época que o gerente era uma das únicas fontes de informação sobre finanças:
ainda pensam assim 42% dos investidores entre 45 e 59 anos e 47% dos
sexagenários.
“Atualmente há uma gama enorme de fontes de informação acessíveis e
disponíveis, mas o gerente mantém papel fundamental entre os clientes”, afirma
a superintendente de educação e informações técnicas da Anbima, Ana Leoni, em
comunicado. As indicações de amigos e parentes são relevantes para 33% da
população que investe. O comportamento é mais comum entre os mais jovens: 45%
do pessoal entre 16 e 24 anos valoriza mais as informações de seus contatos. Já
entre as pessoas de 25 a 34 anos, os sites de notícias são a forma preferida
(40,8%) para buscarem informações (entre o público total, a participação dos
sites é de 29%).
Outros meios aparecem de forma mais pulverizada: 17% dos investidores se
informam em consultorias de investimento; 11% por meio de aplicativos de
corretoras; 9% em blogs e fóruns de investimento e 3% pelos meios de
comunicação tradicionais como rádio, TV e jornal. Cinco por cento dos
entrevistados afirmaram não buscar informações. Foram realizadas 3.374
entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 152 municípios, com a população
economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, das classes A,
B e C, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para
mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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