Caso chinês é uma advertência para o Brasil.
O encolhimento precoce da população chinesa pode
muito bem servir de uma advertência para o que pode ocorrer no Brasil.
No caso chinês, o recuo demográfico era esperado
apenas para 2031, pela previsão das Nações Unidas, e não antes de 2029, segundo
outras estimativas.
Houve, portanto, uma antecipação em quase uma década no
declínio populacional, sendo que o jornal lista uma série de razões para que
isso acontecesse.
Na China os riscos
para o sistema previdenciário, que pareciam inexistentes em um país com
população e crescimento tão grandes, se tornaram tangíveis no novo cenário
demográfico, com queda na parcela de jovens e crescimento na proporção de
idosos.
O exemplo chinês funciona como alerta para o
Brasil, onde dados preliminares do Censo de 2022 sugerem um crescimento
populacional inferior ao previsto e demonstram que o período de bônus
demográfico — em que há mais jovens do que idosos na população — acabou antes
do esperado. Como a China, o Brasil também ficará velho antes de ficar rico — e
só terá como manter índices robustos de crescimento se conseguir alavancar a
produtividade da economia.
O ESTADO DE SÃO PAULO