Líderes dizem que
prazo estabelecido para votação da Previdência é muito curto. Presidente da
comissão especial prevê votação em junho, mas líderes acham que calendário está
apertado
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Líderes de
partidos na Câmara defendem um prazo mais longo para que a comissão especial
vote a reforma da Previdência.
O presidente do colegiado, Marcelo Ramos (PR-AM), quer que a proposta seja analisada até o fim de junho — quase
dois meses após a instalação da comissão.
O ex-presidente Michel Temer precisou de três meses nesta fase, quando tentou aprovar um projeto para endurecer as regras de
aposentadorias e pensões.
O líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), questiona o prazo proposto por Ramos.
"E ele combinou isso com os russos? Eu não acredito que ele vá conseguir
aprovar a reforma nesse tempo. Vamos discutir [esse calendário]".
A ideia do presidente da
comissão é realizar uma maratona de debates em maio para que Moreira apresente
o relatório no começo de junho. O parecer seria votado até o fim de junho na
comissão e, em julho, no plenário.
Mas junho é tradicionalmente um mês em que a
Câmara não trabalha todas as semanas para que deputados, especialmente do
Nordeste, compareçam às festas de São João.
FOLHA DE SÃO PAULO