A
única taxa de juros negativa no mundo pode estar com os dias contados.
O presidente do Banco Central do Japão, Kazuo Ueda, disse que tirar as taxas do atual -0,1% está entre as opções avaliadas
caso o país continue com um mercado de trabalho aquecido e próximo da meta de
inflação anual de 2%.
O que explica: a economia japonesa convive com a taxa de juros
negativa desde janeiro de 2016. A medida foi adotada como uma forma de
estimular a economia e evitar a deflação no país, algo que prejudica a
atividade como um todo.
- As taxas
não vieram para o positivo nem com a força inflacionária recente, que
motivou aperto monetário nas maiores economias do planeta.
Os
efeitos: uma taxa de juros positiva pode incentivar os
japoneses a repatriarem seus recursos, que hoje estão em lugares em que a
rentabilidade é mais atrativa.
- Isso
também fortaleceria o iene, que vem se desvalorizando em relação ao dólar
por causa das altas de juros do Fed (BC americano).
A
reação do mercado à fala de Ueda já contribuiu um pouco para isso, mostra a Bloomberg.
Na segunda (11), o iene chegou a se valorizar mais de 1% em relação ao dólar,
enquanto o rendimento do título público de dez anos subiu para o patamar mais
alto desde 2014.
FOLHA DE SÃO PAULO