Libertas leva debate sobre cenário econômico, panorama político
e investimentos ESG para o setor previdenciário
A Fundação Libertas, que acaba
de completar 45 anos e é hoje o 42º maior fundo de pensão do Brasil segundo o
ranking da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar edição junho/2022), tem promovido debates para o setor
previdenciário sobre assuntos como o cenário econômico nacional e global, o
contexto político 2023 e investimentos ESG.
Outro foco importante das
discussões que aconteceram, no início novembro, foi a Gestão de Riscos e
Compliance, já que sua crescente adoção pelas estruturas corporativas
brasileiras é um fenômeno recente, porém em rápido processo de consolidação.
Segundo o presidente da
Fundação Libertas, Lucas Nóbrega, vive-se hoje na era da reputação e práticas
que arranhem a imagem das empresas podem destruí-las em pouquíssimo tempo e,
muitas vezes, sem espaço para defesa.
“A Gestão de Riscos e Compliance é o
conjunto de mecanismos destinados a prevenir, detectar e remediar desvios e
atos lesivos praticados contra uma empresa”, disse, reforçando a importância do
encontro: “É uma inovação em nosso segmento ter momentos para compartilharmos
questões estratégicas com parceiros”.
Além da participação de
importantes nomes do setor, profissionais de outros segmentos fizeram parte das
mesas de debates trazendo um olhar mais amplo e “fora da caixa” sobre Gestão de
Riscos e Compliance.
“As discussões levantadas demonstraram que estamos no
caminho certo, estamos satisfeitos com a nossa evolução neste ano tão
desafiador e entusiasmados em levar adiante essa bela jornada, com muito ainda
a percorrer”, avalia.
Cenários, desafios e
perspectivas
Em um ano eleitoral e de
incertezas no mercado financeiro, essas questões não poderiam ficar de fora.
José Luciano de Mattos Dias, sócio-diretor da CAC Consultoria Política,
apresentou uma evolução histórica sobre a composição dos governos dos últimos
anos, e disse que a formação do próximo governo certamente será de coalisão.
Ele afirmou, também, que a PEC da Transição visa evitar uma ruptura fiscal, com
a complementação de verbas para programas assistenciais fora do teto de gastos.
Os economistas Mateus de Melo
Hachul, especialista de Portfólio no Itau Asset Management, Paulo Sergio
Manzione, gerente de Divisão Atacado e Institucionais do Banco do Brasil e
Guilherme Benites, sócio e diretor da Aditus Consultoria Financeira, traçaram
um panorama econômico nacional e global, com os principais desafios enfrentados
em 2022 e as perspectivas para 2023.
Eles projetam uma taxa de crescimento do
PIB em 2022 em torno de 3%. A atividade econômica mais forte a partir do 3º
trimestre reforça a expectativa de superavit fiscal no ano.
Segundo os especialistas, o Brasil
encontra-se em uma posição relativamente mais confortável que os demais países
e “a incerteza lá fora é muito maior que a incerteza aqui”.
A previsão é de uma
inflação de 5% no ano que vem e de que algumas dificuldades sejam impostas pelo
maior custo de vida, redução na atividade e redução de preços das commodities.
Além disso, a flexibilização da política monetária deve ter início no segundo
trimestre de 2023. Acreditam que a Selic ficará em 10% em 2023 e chegará a 8%
em 2024.
Orçamento de risco e investimentos
ESG
Um dos critérios mais
relevantes na hora de elaborar onde vamos investir de acordo com cada plano é
decidir o seu Orçamento de Risco.
Qual é a melhor relação risco/retorno para
cada tipo de plano, para cada tipo de produto que a gente tem?
Este foi o tema
da palestra “Orçamento de Risco para o Asset Allocation de Políticas de
Investimentos”, que tratou de como definir a alocação mais eficiente.
Em
seguida, foram mostradas as principais oportunidades e desafios em 2023 para
alocação onde é permitido pela legislação aos fundos de pensão.
Graças à preocupação crescente
da sociedade e do mercado com as questões ambientais, sociais e de governança,
os investimentos ESG também entraram na pauta do segmento previdenciário.
“O
mercado de investimentos sustentáveis atingiu mais de 35 trilhões de dólares. O
capitalismo consciente tem ganhado espaço no Brasil e várias consultorias já
usam critérios ESG nas análises das empresas, tanto para a parte de renda
variável quanto para a parte de crédito”, explicou o presidente da Libertas,
Lucas Nóbrega.
“Dentro da Libertas criamos um
grupo de trabalho que adota critérios ESG para nossos investimentos.
Demonstramos, assim, para todos os nossos participantes que a Fundação Libertas
está comprometida com a sustentabilidade”, concluiu.
Sobre a Fundação Libertas
A Fundação Libertas é uma
empresa sem fins lucrativos, fundada em Minas Gerais, que está completando 45
anos de história.
Cuida do presente e do futuro de mais de 27 mil pessoas por
meio de 13 planos de previdência (12 patrocinados e 1 multi-instituído) e três
planos de saúde autogeridos (com duas patrocinadoras), promovendo qualidade de
vida e bem-estar financeiro.
São R$ 4,2 bilhões em recursos administrados,
R$165 milhões pagos em aposentadorias e pensões por ano e R$131 milhões de
reais arrecadados em contribuições.
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