Pesquisas não enxergam o Brasil da direita das
redes digitais.
Institutos
precisam reconhecer derrota e investir em métodos computacionais e qualitativos
Diferenças entre os números apontados nas pesquisas
e os votos apurados nas urnas no último domingo (2) evidenciam a existência de
um Brasil das redes digitais, liderado pela direita ideológica, que escapa à
bolha dos meios tradicionais.
Para sobreviver a essa nova realidade é preciso
superar a nostalgia e o foco no dia a dia para disputar o futuro.
Dois de outubro não foi só o dia do resultado do primeiro
turno das eleições.
Foi também um dia de descrédito para os
principais institutos de pesquisa e de choque para quem formou suas
expectativas com relação ao resultado eleitoral por meio deles.
O fato é que a maioria dos institutos foi incapaz
de bater a chamada "fotografia" do momento.
Na véspera do dia do
pleito, não detectaram contingentes expressivos de votos
que elegeriam senadores, governadores e dariam contornos totalmente novos para
o segundo turno da eleição presidencial.
Os números das urnas mostraram que existe um Brasil
que não é medido por meios tradicionais. A campanha que importa vem sendo feita
em outros canais, fora do radar da bolha.
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FOLHA DE SÃO PAULO