GUIA DE ESPIONAGEM


O guia de espionagem dos EUA que ensina a sabotar o seu trabalho.

'Fale com frequência e por longos períodos', 'entenda mal as ordens e faça perguntas intermináveis'... Essas são algumas dicas do manual da CIA para sabotadores durante a guerra.

"Para reduzir moral e, com isso, a produção: seja simpático com trabalhadores ineficientes, dê-lhes promoções imerecidas; discrimine contra os eficientes e queixe-se injustamente do trabalho deles", "marque reuniões quando houver trabalho mais importante a fazer", "multiplique a papelada de forma plausível", "aumente procedimentos: faça com que três pessoas tenham de aprovar o que uma só poderia aprovar".

Essas regras que parecem saídas de um livro satírico sobre o que não fazer em sua empresa — uma espécie de anticoach de gestão — não são peça de ficção. Elas constam de material distribuído pelo serviço de inteligência do governo dos Estados Unidos, em janeiro de 1944.

Intitulado Simple Sabotage Field Manual (Manual de Sabotagem Simples de Campo, em tradução livre), o documento de 32 de páginas foi formulado pelo Escritório de Serviços Estratégicos dos Estados Unidos, órgão de inteligência que funcionou entre 1942 e 1945 e é considerado o antecessor da CIA, a Agência Central de Inteligência, criada em 1947 pelo governo americano.

O manual foi distribuído pelos agentes do organismo aos países internacionais, naquele contexto de Segunda Guerra Mundial.

A ideia era preparar cidadãos-sabotadores em países ocupados pelos nazistas na Europa. Em outras palavras, contar com o trabalho de simpatizantes dos países Aliados que, infiltrados em empresas de nações alinhadas ao Eixo, atuassem de forma contraproducente, empacando os esforços nazifascistas durante o período bélico.

A introdução do documento foi assinada pelo oficial William Donovan (1883-1959), que comandava o departamento de inteligência dos Estados Unidos.

 



G1
Tel: 11 5044-4774/11 5531-2118 | suporte@suporteconsult.com.br