Amazon vai fechar livrarias e outras operações
físicas.
Receita
das lojas de varejo da empresa representou 3% dos US$ 137 bilhões em vendas no
último trimestre
A Amazon.com disse nesta quarta-feira (2)
que planeja fechar todas as 68 livrarias físicas, quiosques e lojas de
brinquedos e artigos domésticos nos Estados Unidos e no Reino Unido, encerrando alguns de seus mais
longos experimentos no varejo.
A notícia, divulgada inicialmente pela Reuters,
marca um ponto de virada para a empresa que começou como uma livraria online e ajudou a levar
rivais estabelecidos como a Borders à falência.
A Amazon disse que se
concentrará mais em suas mercearias e em um conceito de loja de departamentos
daqui para frente.
Depois de abrir sua primeira livraria em 2015, a
Amazon testou uma série de ideias no varejo: lojas de
conveniência sem caixas, supermercados e um formato chamado
"4 estrelas", no qual vende brinquedos, utensílios domésticos e
outros bens com avaliações altas de clientes.
A Amazon tinha como objetivo alcançar compradores
em mais lugares e trazer seu toque online para o mundo real.
As livrarias da
empresa extraíam dados de seu vasto acervo e mostravam o que as pessoas estavam
lendo, até mesmo as resenhas que deixavam no site da Amazon.
Mas as inovações não foram suficientes para conter
a marcha rumo às compras online que a própria Amazon havia desencadeado.
A
receita de "lojas físicas" da companhia - apenas 3% dos US$ 137
bilhões em vendas da Amazon no último trimestre, em grande parte reflexo dos
gastos do consumidor em sua subsidiária Whole Foods - muitas vezes não
conseguiu acompanhar o crescimento dos outros negócios da varejista.
A Amazon fechará suas operações 4 estrelas,
quiosques e livrarias em diferentes datas e notificará os clientes.
Os
trabalhadores receberão indenização ou ajuda para encontrar empregos em
qualquer loja da empresa nas proximidades, como mais de uma dúzia de unidades da mercearia Amazon Fresh, disse a companhia.
A Amazon não especificou quantos empregos serão
cortados.
REUTERS