Juros do consignado do INSS vão subir para 2,14%.
Taxa
atual é de 1,80%; juros do cartão de crédito passarão de 2,7% para 3,06%.
Os juros do crédito consignado do INSS (Instituto Nacional do
Instituto Nacional do Seguro Social) vão subir a partir de
janeiro de 2022. A nova taxa será de 2,14% para o empréstimo pessoal consignado
e de 3,06% para o cartão de crédito.
Atualmente, os juros são de 1,80% e de
2,7%, respectivamente.
A alta de 18,9% no empréstimo e de 13,3% na taxa do
cartão de crédito foi um pedido dos bancos, após queda nos juros durante a
pandemia e um longo período de "congelamento".
Desde março de 2020,
menos de um mês depois de a Covid ter chegado ao país, as taxas do consignado
caíram e permanecem no mesmo patamar.
Os novos juros foram autorizados pelo CNPS
(Conselho Nacional de Previdência Social) após reunião na manhã desta
segunda-feira (6).
O reajuste foi atrelado a políticas de educação financeira
para os aposentados e pensionistas do INSS, que deverão ser custeadas pelas
instituições bancárias, mas cujos pontos principais serão debatidos e definidos
pelo conselho.
Em nota, a Febraban afirma que a alta era
necessária para que a oferta de crédito do tipo continue sendo feita a
aposentados e pensionistas. Segundo a instituição, o principal custo das
operações de crédito consignado é o de captação.
"Os bancos entendem ser importante evitar que
o custo de captação e das despesas do crédito consignado inviabilizem a
concessão de benefícios a uma parcela significativa destes aposentados e
pensionistas, particularmente neste período de final e início de ano", diz
o texto.
De acordo com a federação, além de ser a modalidade
de empréstimo mais barata, o consignado desempenha um papel importante na vida
do aposentado, que utiliza o tipo de crédito para custear dívidas, pagar exames
e remédios, além de contas do dia a dia.
"Ele atende particularmente o público de baixa
renda, com uma parcela relevante de negativados e não-bancarizados que, não
fosse esta alternativa, seriam obrigados a recorrer a outras linhas de crédito
com taxas e prazos totalmente incompatíveis com as suas necessidades."
A Febraban informa ainda que a concessão do
consignado tem caído nos últimos meses.
A queda no volume foi de R$ 9,37
bilhões, em abril deste ano, para R$ 7,18 bilhões, em outubro, segundo dados do
Banco Central. Além disso, 1,6 milhão de aposentados ficaram sem o crédito
consignado entre junho a outubro de 2021.
FOLHA DE SÃO PAULO