TRÂNSITO


Efeito home office muda perfil do trânsito em rodovias na chegada a SP

Horário de pico está menor às segundas-feiras, e motoristas que podem trabalhar do litoral antecipam viagem do fim de semana para a quinta

O perfil do trânsito no acesso à cidade de São Paulo mudou gradativamente depois da pandemia de Covid-19, de acordo com a gestão das principais estradas paulistas. 

Os congestionamentos nos trechos finais de rodovias que desembocam na capital, antes mais duradouros às segundas e sextas, ficaram mais amenos nos dois primeiros dias úteis da semana, apesar de ainda terem longas filas de carros e caminhões por quatro horas, em média.

"A redução da pressão no trânsito às segundas e sextas é consequência direta do trabalho remoto e do ensino a distância", afirma Ciro Biderman, coordenador do FGVCidades.

O tráfego dessas rodovias na região metropolitana de São Paulo possui característica de deslocamentos do tipo casa-trabalho, principalmente no caso de veículos leves (como carros), diz a CCR, em nota.

Essa dinâmica, ao longo dos últimos cinco anos, sofreu impacto da pandemia, que alterou a característica de deslocamentos, em virtude da adoção de jornada híbrida por parte das empresas, bem como a migração de população para municípios do interior.

Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), no acumulado do ano até novembro, o índice de tráfego nas rodovias de São Paulo cresceu 2,8%. 

No acumulado em 12 meses, a alta foi de 2,6%

Os indicadores fazem parte da edição de novembro do Monitor de Tráfego de Rodovias. 

Os dados são coletados a partir de tags da empresa Veloe instalados em veículos que passam por praças de pedágio no estado. A pesquisa não apresenta números absolutos.

Para Bruno Oliva, economista e pesquisador da Fipe, o aquecimento da economia reflete os percentuais em ascensão. 

No caso dos veículos pesados, ou seja, caminhões, o índice cresceu 5,8% no acumulado do ano.



FOLHA DE SÃO PAULO
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