O Consolidado Estatístico
que a Abrapp estará divulgando na próxima semana virá com algo novo, uma novidade
capaz de ampliar e muito a visão que as associadas têm dos resultados obtidos
pelo conjunto do sistema nos investimentos que faz e, adicionalmente, facilitar
o entendimento que cada entidade tem de sua própria performance, ao compará-la
com o mercado. E esse novo olhar sobre os números já chega com uma boa notícia,
ao fornecer novas razões para acreditar que 2016 foi mesmo para os fundos de
pensão brasileiros um ano de recuperação, mostra o Núcleo Técnico da Abrapp.
Números divulgados dias
atrás pela Abrapp e amplamente noticiados pela mídia já haviam dado conta que
os fundos de pensão terminaram o ano passado administrando um patrimônio
de R$ 755,096 bilhões, montante 10,2% maior do que o registrado no final
de 2015 e, assim, cristalizando a imagem de um resultado inegavelmente
favorável. Mas os dados que a Abrapp dará a conhecer na próxima semana,
no relatório que atende pelo nome de “Suplemento de Rentabilidade”, de agora em
diante destinado a acompanhar em parte das edições a divulgação do Consolidado
Estatístico, é que essa performance foi ainda melhor.
Rentabilidade superior - Ainda melhor porque o
novo relatório vai claramente mostrar que mais de 75% das associadas e
planos por elas administrados tiveram no ano passado rentabilidade superior à
TJP (Taxa de Juros Padrão). Só para comparar, vale lembrar que no ano anterior
esse percentual havia ficado abaixo de 25%. Fizeram parte da mostra pouco mais
de 230 entidades e 900 planos.
Por fazer uso de medianas
e quartis e se utilizar de um universo maior, esse e os demais
percentuais presentes no relatório que está chegando acaba espelhando melhor a
realidade da performance obtida. Isso é verdade tanto para os resultados
gerais, quanto aos que dizem respeito às rendas fixa e variável, imóveis,
investimentos estruturados e empréstimos aos participantes.
Tudo isso querendo dizer
que esse novo tipo de relatório aprofunda o estudo sobre as
rentabilidades conseguidas por entidades e planos. Ao invés de ponderar a
média pelo porte, foca-se em medidas de posição ( mediana e quartis ),
analisando-se os dados do último mês, dos doze meses passados e dos três
anos que ficaram para trás. E tudo isso com dados históricos desde 2010.
Os gráficos trazem a
mediana das rentabilidades e distribuição desses retornos conseguidos pelas
entidades nos períodos mencionados.
Atualmente, é fato que algumas entidades possuem relatórios semelhantes
produzidos por consultorias. A vantagem, no caso do material estatístico
produzido pelo Núcleo Técnico, é que a base de seu relatório é bem mais ampla,
dessa forma ajudando a traduzir melhor a realidade.
Diário dos Fundos de Pensão