Classes D e E investem com foco na casa própria.
34% do grupo poupam
para comprar imóvel, percentual maior que nas classes A/B e C, aponta pesquisa.
Realizar o sonho de
ter a casa própria é o principal motivo de o brasileiro da classe D/E investir, segundo pesquisa Datafolha
encomendada pela Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados
Financeiro e de Capitais).
Pela primeira vez a
entidade incluiu essa faixa de renda no seu Raio-X do Investidor Brasileiro,
para entender o que acontece nesse universo de pessoas com renda média per
capita de R$ 862,41 e discutir com o mercado formas de simplificar os produtos
financeiros para futuros investidores.
A pesquisa foi
realizada entre os dias 9 e 30 de novembro de 2021 com 5.878 pessoas de 16 anos
ou mais em todas as regiões do país.
A margem de erro é de 1 ponto percentual,
para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.
"É um pouco
previsível ver que a grande maioria não investe. Mas o que nos surpreendeu é
que há pessoas da classe D/E que conseguem investir.
A diferença para as das
classes A/B e C é que poucas acessam produtos financeiros ", afirma
Marcelo Billi, superintendente de Comunicação, Certificação e Educação de
Investidores da Anbima.
A pesquisa aponta que 34% dos investidores da
classe D/E em 2021 focaram na compra de um imóvel.
Enquanto nas classes A/B e
C, o percentual ficou em 28%.
De acordo com a Anbima, 31% dos brasileiros
(aproximadamente 52 milhões de pessoas) investiram em produtos financeiros no
ano passado.
Desses, 52% são da classe A/B, 29% da classe C e 16% da classe D/E.
FOLHA DE SÃO PAULO