Discurso pessimista do Fed derruba Ibovespa nesta quarta-feira (10).
Ibovespa: -2,13% (94.685 pontos)
Dólar: +1,05% (R$ 4,94)
Casos
de coronavírus: 747.561
confirmados e 38.701 óbitos**
Resumo:
- Discurso
cauteloso de presidente do banco central estadunidense sobre o coronavírus
derruba Bolsa;
- mundo
enfrentará recessão de pelo menos 6%; Brasil pode ter tombo de até 9,1% em
2020, segundo OCDE;
- Brasil
tem deflação de 0,38% em maio, menor índice em 22 anos;
- 10
milhões de trabalhadores formais já tiveram redução de salário ou contrato
suspenso.
Dias
de reunião do banco central estadunidense – o Federal Reserve (Fed) – costumam
deixar o mercado financeiro em atenção, o que resulta em muita volatilidade nas
bolsas do mundo inteiro, e não seria diferente na B3.
A
expectativa durou até o anúncio do Fed de que manteria taxa básica de juros
entre 0% e 0,25% ao ano.
A notícia até animou as bolsas ao redor do mundo, mas
apenas até o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.
Ele
foi cauteloso, afirmando ser possível que milhões de pessoas precisem de mais
apoio econômico. Há, ainda, medo de acontecer uma segunda onda do coronavírus,
que “afetaria indústrias que já devem ter uma recuperação lenta.”
O
discurso pessimista foi um balde d’água fria nos investidores que esperavam
algo mais otimista.
O mergulho da Bolsa brasileira foi ainda mais intenso por
conta das baixas nos papéis de bancos, Petrobras e Vale.
Apesar
de deixar mercado internacional temeroso, uma possível segunda onda do
coronavírus no Brasil não parece estar sendo tão levada em consideração.
A
reabertura do comércio na cidade de São Paulo causou aglomerações e filas na
porta das lojas.
No estado, o governo João Doria prorrogou quarentena até 28 de
junho e colocou Grande São Paulo, litoral e Registro na zona laranja – com
menos restrições.
O estado é o epicentro da pandemia no Brasil, com 156.316
infectados e 9.862 mortos.
FINANÇAS FEMININAS