Empresários se unem para elevar doações no Brasil
no pós-pandemia.
Apresentador
Luciano Huck, Elie Horn, da Cirella, e Sergio Rial, do Santander, integram
grupo que quer estruturar filantropia.
O apresentador
Luciano Huck, o fundador da Cyrella, Elie Horn, o presidente do conselho de
administração do Santander, Sergio Rial, o presidente do Bradesco, Octavio de
Lazari Junior, o fundador do Marfrig Marcos Molina, e mais de mil
representantes dos setores empresarial e social se reuniram nesta segunda-feira
(25) para discutir como organizar e ampliar a filantropia no Brasil em caráter permanente.
Basicamente, tentam
manter o que pareceu ser um novo padrão de doações do setor privado a partir da
Covid-19.
No primeiro ano da pandemia, chamou a atenção o alto volume de
doações realizadas por empresas a partir de iniciativas espontâneas de seus
fundadores e acionistas.
Um total de R$ 7,2 bilhões foi oferecido por 732 mil
doadores, número histórico para os padrões brasileiros, segundo o
monitor de doações da ABCR (Associação Brasileira de Captadores de Recursos).
É possível também
ver o peso das empresas em outra pesquisa, feita pela Bics (Benchmarking do
Investimento Social Privado), da Comunitas, que reúne 17 institutos e 324 das
maiores empresas do país.
Apenas em 2020, o grupo doou R$ 5 bilhões, o dobro da
média nos quatro anos anteriores.
Essas cifras
bancaram, apenas para citar alguns exemplos, equipamentos e produtos de saúde,
empreendimentos sociais para gerar renda e incontáveis cestas básicas para
ajudar as famílias dos 36 milhões de trabalhadores informais do país que
ficaram sem serviço, 4 em cada 10 do total nacional.
O envolvimento foi
especialmente forte em 2020, mas foi perdendo força.
Há temor que ocorra
um retrocesso com o abrandamento da Covid-19.
Dados de 2021 ainda não foram
consolidados, mas neste ano, até meados de abril, 66 empresas doaram R$ 50
milhões, segundo o acompanhamento da ABCR.
FOLHA DE SÃO PAULO