MERCADO FINANCEIRO 1


Divulgação do IPCA-15, da ata do Copom e do relatório de inflação são destaques da semana na agenda econômica brasileira.

No âmbito doméstico, o Banco Central (BC) divulga hoje (22) a ata de reunião do Copom da semana passada, na qual manteve a taxa Selic em 2% ao ano. 

O comunicado divulgado ao fim do encontro não trouxe novos argumentos em relação aos já apresentados na reunião de agosto. 

Os juros devem permanecer estáveis, mas passíveis de novas reduções, embora com gradualismo adicional, condicionado à trajetória fiscal e à inflação prospectiva. 

O informe também voltou a afirmar o “forward guidance” do BC, salientando que a intenção de não subir os juros persistirá enquanto as previsões de inflação seguirem abaixo da meta. 

A ata deverá esclarecer ainda mais a estratégia da política monetária nos próximos meses e ganhará um reforço quantitativo com as projeções, baseadas nos modelos do BC, que estarão no Relatório Trimestral de Inflação, a ser divulgado na próxima quinta-feira (24).

Na esfera dos preços, na quarta-feira (23) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o IPCA-15 de setembro. 

O indicador deverá se mostrar pressionado pela alta dos preços dos alimentos, que compensará as quedas nos preços administrados. 

Pelas nossas projeções, a prévia da inflação no mês terá de mostrar alta de 0,5%, vindo bem acima do IPCA-15 de agosto (0,23%) e do IPCA fechado do último mês (0,24%). 

No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 deverá resultar em inflação de 2,7%, com o dado de setembro.

Nos EUA, a agenda econômica desta semana contempla apenas a divulgação de indicadores sobre o setor imobiliário, a encomenda de bens duráveis e a prévia dos dados de gerentes de compras (PMI). 

Esses dados poderão trazer novas informações sobre o dinamismo mostrado pela economia americana nas últimas semanas, diante do esgotamento dos efeitos estimulativos dos incentivos fiscais adotados para enfrentar a pandemia do novo coronavírus. 

Enquanto isso, os investidores seguem acompanhando as negociações no Congresso em torno de um novo pacote fiscal.

Já na Zona do Euro, destaque para a divulgação dos resultados preliminares dos indicadores de PMI-manufatura, que deverão apresentar uma visão atualizada da recuperação na margem. 

Os números devem continuar mostrando um crescimento da economia da região de forma moderada, diante do surgimento de novos focos de infecção por COVID-19 em vários países, o que obriga os governos a reverterem, parcialmente, as medidas de reabertura das economias.



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