Vacina russa não anima e Bolsa fecha em queda de 1,23%.
Ibovespa: -1,23% (102.174 pontos)
Dólar: -0,92% (R$ 5,41)
Resumo:
- Rússia
aprova nova vacina, a Sputnik V, sem concluir testes em humanos;
- novidade
anima parte do setor de turismo da Bolsa, mas desconfiança mina ganhos;
- Brasil
passa das 102 mil mortes por coronavírus;
- EUA
querem reduzir imposto de renda, mas impasse em aprovação de estímulos
econômicos breca altas nas bolsas internacionais;
- com
preocupações vindas do exterior e com as contas públicas; Ibovespa fecha
no vermelho;
- mais
cortes na Selic e economia se recuperando? Ata da última reunião do Copom
mostra cautela;
- lucro
do FGTS será depositado nas contas em 31 de agosto.
Geralmente,
os dias em que a comunidade científica divulga novidades a respeito de uma
possível vacina contra o coronavírus são de euforia no mercado financeiro.
Não
foi o caso desta terça-feira (11).
O Ibovespa, principal índice da Bolsa
brasileira, foi impactado de um jeito bem mais morno com o anúncio da aprovação
da vacina russa, com mais destaque às ações de empresas do setor de turismo.
Apesar
de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter declarado que a versão russa já
está testada, aprovada e registrada – com a própria filha do presidente
servindo de cobaia –, existe uma ampla desconfiança a respeito da vacina russa,
uma vez que o Ministério da Saúde do país aprovou o uso da substância antes do
fim dos testes em humanos.
Além
dessa questão, o mercado internacional se animou com a possibilidade de o
governo estadunidense cortar o imposto sobre ganho de capital e reduzir o
imposto de renda.
A história da vacina e da carga tributária reduzida nos
Estados Unidos aumentou o apetite a risco do investidor, o que impactou
positivamente o Ibovespa no começo do dia.
Porém,
mais tarde um tweet do líder republicano no
Senado dos EUA, Mitch McConnell, que afirmou que líderes democratas
estão fazendo “jogo duro” ao negociarem os estímulos econômicos nos EUA,
impactou negativamente o mercado internacional.
A
B3 seguiu o movimento, principalmente com a preocupação contas públicas
brasileiras ganhando os holofotes, trocando a tímida subida por maior
volatilidade – e, por fim, a virada para queda.
Conforme contamos no resumo de
ontem, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, disse que
defende o aumento de gastos desde que se respeite o teto estabelecido em 2017.
No
final das contas, o Ibovespa acabou fechando em queda, assim como o dólar, que
também seguiu o movimento de baixa no resto do mundo.
FINANÇAS FEMININAS