Fomentar
um ambiente gerador de mais confiança, credibilidade e segurança para
participantes, assistidos, dirigentes e patrocinadores é agenda que se
fortalece com o 2º seminário “Ética e Boas Práticas de Governança no
Fortalecimento da Confiança”, que acontecerá nos próximos dias 29 e 30, no Rio
de Janeiro.
A
bem-sucedida parceria entre o Sindapp e a Secretaria de Políticas de
Previdência Complementar (SPPC) para a realização do seminário se renova, após
o êxito registrado em 2015. No ano passado, as duas instituições uniram as duas
temáticas, antes tratadas separadamente em eventos próprios, no formato do atual
seminário.
“A
presença da SPPC reforça nossa convicção de que estamos no caminho certo”,
destaca Carlos Alberto Pereira, Diretor de Promoção da Ética do Sindapp,
ressaltando a importância da parceria com a Secretaria, responsável não somente
por regulação, mas também por fomentar o sistema.
A SPPC já
conta com essa parceria como algo perene, afirma Paulo Cesar dos Santos,
Diretor do Departamento de Políticas e Diretrizes de Previdência Complementar.
Santos acrescenta que Abrapp e Sindapp têm colaborado de forma intensa na busca
das melhores práticas, aperfeiçoamento da governança e da capacitação dos
profissionais para gerar mais credibilidade ao regime fechado de previdência
complementar.
“Sempre
temos participado de forma conjunta nos eventos, todos somando esforços e
vontades para que possamos levar aos participantes, dirigentes e conselheiros a
mensagem de que a boa governança é fundamental para que as entidades possam
funcionar bem”, ressalta o Diretor.
O evento
não tem ônus de inscrição e conta pontos para o programa de educação continuada
(PEC) do ICSS.
Momento
certo - Sobre a importância de trazer os temas ética e governança
para o centro das discussões, especialmente no cenário atual, Santos observa
que nos momentos de crise é comum que os questionamentos relacionados a estes
temas ganhem força. Contudo, esta discussão deveria ser pautada diariamente nas
entidades.
“A ética
e a governança precisam ser objeto de reflexão diária, inclusive nos momentos
de bonança. Isso contribui para que as entidades possam tomar medidas para
diminuir o impacto de situações de crise ou até mesmo evitá-las, pois estarão
melhor preparadas”, observa o Diretor.
O caminho
para melhorar a governança nas entidades, destaca Santos, não pode ser resumido
à adição de regras ou exigências à Lei. “Precisamos discutir as questões
relacionadas à ética, aperfeiçoamento profissional, transparência, controle e
prestação de contas. Tudo isso é que vai garantir que a entidade tenha uma boa
governança e capacidade de reagir a momentos difíceis”.
Colocar
mais uma regra na Lei não necessariamente resolve o problema. Criam-se mais
exigências, mais custos, e isso pode não solucionar as questões atuais”,
acrescenta Santos.
Carlos
Alberto Pereira compartilha dessa visão, ressaltando que cabe às entidades,
primeiramente, adotar um sistema de governança baseado na ética que traga
efetividade à legislação já existente. Além disso, o momento também é oportuno
para uma reflexão sobre o atual conjunto de leis.
“Temos
que ter coragem de repensar esses temas e fazer uma autocrítica. E, quem sabe,
aprimorar esses mecanismos, não só os regulatórios, em termos da legislação
pertinente ao regime, mas também os processos de escolha dos seus principais
atores, e aí me refiro aos dirigentes, abrangendo conselho deliberativo, fiscal
e diretoria”, completa Pereira.
Motivos
para participar – O seminário “Ética e Boas Práticas de
Governança no Fortalecimento da Confiança” tem a finalidade de trazer para o
debate temas sensíveis, perceptíveis ao longo do ano, em que se vê a
necessidade de esclarecer ou fortalecer algumas posições, explica Santos.
Dentre eles, cita o Diretor, a fundamental questão da capacitação profissional
dos dirigentes e de todos aqueles que tomam decisões nas entidades.
Nesse
contexto, há motivos de sobra para os dirigentes marcarem presença do
seminário, incentivando também a participação dos demais profissionais de suas
entidades.
Pereira destaca pelo menos três grandes pontos
para motivar a participação: a oportunidade de atualização dos dirigentes em
relação aos esforços e as ações abarcadas pelo sistema, incluindo Abrapp e
Sindapp, e a sua interação com o governo, em prol da governança e da ética; a
demonstração inequívoca do interesse e da preocupação dos dirigentes em relação
a estes temas; e a oportunidade de somar esforços para gerar mudanças efetivas.
“Essa é a chance para fazer isso”, finaliza o Diretor do Sindapp.
Diário dos Fundos de Pensão