Com juro baixo, fundo de pensão mira investimentos
no exterior.
Entidades querem
aval do CMN para ao menos dobrar aplicações fora do país
Os fundos de pensão
fechados aguardam decisão do CMN (Conselho Monetário Nacional) para ao menos
dobrar aplicações no exterior.
As entidades administram quase R$ 1 trilhão em
ativos de contribuintes.
A promessa é que o
aval saia neste mês.
Desde o fim de 2017, as entidades podem investir até 10%
do patrimônio líquido na aquisição de cotas em fundos de investimento no
exterior.
O pleito é que o teto suba para 20%.
Quem faz a
intermediação é a Previc (Superintendência Nacional de Previdência
Complementar).
O órgão é vinculado ao Ministério da Economia, que preside o
CMN.
As fundações também
pediram autorização para que seja possível investir em debêntures (títulos de
dívida) emitidos por empresas de capital fechado, especialmente as do
agronegócio. Elas oferecem maior taxa de retorno.
Desde que grandes entidades foram pegas pela Polícia Federal em
esquemas investigados de corrupção com empreendimentos imobiliários, o CMN
determinou que, até este ano, esses investimentos fossem desfeitos, e os
recursos, realocados no setor por meio de fundos de investimento —o que dilui o
risco.
Até
hoje, as fundações não conseguiram se desfazer de prédios, hotéis e outros
empreendimentos de que são sócias.
O
pedido das entidades é para que a nova regra (de investir no setor via fundos)
passe a valer a partir de agora e não tenha efeito retroativo.
FOLHA DE SÃO PAULO