Com renda fixa em baixa, imóvel volta a ser opção
de investimento.
Taxa básica de
juros está em 2% ao ano, menor patamar da história, e reduziu drasticamente
rentabilidade de renda fixa
A taxa básica de juros está em 2% ao ano, menor
patamar da história, e reduziu drasticamente a rentabilidade de aplicações em
renda fixa. Com isso, imóveis voltaram a ser uma alternativa de investimento.
O negócio é
vantajoso para aqueles que querem conservar o patrimônio. Porém, não estão
dispostos arriscar na Bolsa ou em fundos de renda variável.
Economistas e
consultores de finanças afirmaram que, nos últimos anos, o mercado imobiliário
não era a melhor aplicação e muitos pregaram, inclusive, que, na ponta do
lápis, valia a pena vender a casa própria e morar de aluguel para aplicar em renda fixa.
O cenário mudou e a tendência agora é de crescimento do segmento. Em momentos de
crise, quando outros ativos mostram volatilidade, o preço dos imóveis é pouco
afetado
Além disso, os juros baixos incentivam aqueles que
querem financiar a moradia, o que também favorece a retomada do mercado
imobiliário.
A caderneta de
poupança, por exemplo, rende a TR (Taxa Referencial), hoje zerada, mais 70% da
Selic, que está em 2% ao ano.
A regra prevê que,
quando a taxa básica de juros estiver acima de 8,5% ao ano, o rendimento da
poupança será 0,50% ao mês, mais TR.
Caso a taxa Selic esteja menor ou igual a
8,5% ao ano, o investimento é remunerado a 70% da Selic, acrescida da TR.
Segundo a Abrainc
(Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), a tendência é que a
renda do aluguel supere os ganhos com aplicações em renda fixa e a valorização
dos ativos reais (imóveis) costuma aumentar com juros baixos.
Cálculos da
entidade mostram que os ganhos acumulados em 12 meses com aluguel, que foi de
5,15% em maio, superam em 128% a Selic e 226% o rendimento da poupança.
A
valorização dos imóveis foi de 9% no período, 302% a mais do que a Selic e 474%
a mais do que a poupança.
FOLHA DE SÃO PAULO