Deve pisar no freio em 2024,
após reação em 2023, dizem analistas.
Economistas
preveem ritmo menor do emprego sob impacto da desaceleração do PIB no próximo
ano.
O mercado de trabalho brasileiro deve
perder ritmo em 2024, após o desempenho aquecido de indicadores de
emprego e renda em 2023, dizem analistas.
A perspectiva, segundo eles, está
associada à previsão de crescimento mais baixo da
atividade econômica no próximo ano.
As
projeções do mercado financeiro indicam que o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve fechar 2023 com crescimento próximo a 3%,
acima do esperado inicialmente.
Para
2024, as estimativas sinalizam que o avanço deve desacelerar para perto de
1,5%, sob efeito defasado dos juros altos e do estímulo menor da agropecuária, motor da atividade econômica no começo deste ano.
"No
ano que vem, a tendência é de um mercado de trabalho andando mais de lado, em
um ritmo mais fraco", diz o economista Rodolpho Tobler, do FGV Ibre
(Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
"A
atividade econômica não vai ter um supercrescimento. Isso não deve gerar uma
criação de vagas tão grande assim", acrescenta.
De
acordo com Tobler, a taxa de desemprego do Brasil deve fechar
o quarto trimestre de 2023 abaixo de 8% e tende a subir para a faixa entre 8% e
8,5% ao final do próximo ano.
FOLHA DE SÃO PAULO