Altos
executivos apontam os limites do home office
Instituições financeiras se mostram especialmente avessas ao
trabalho remoto.
Ninguém
menos que o diretor-presidente do UBS, Sergio Ermotti, faz coro com
executivos do setor financeiro que questionam o impacto de ter grande parte dos
empregados em trabalho remoto.
Ermotti,
falando ontem em conferência do Bank of America, disse
ser especialmente difícil para os bancos criarem e manterem a coesão e
cultura da empresa quando os funcionários trabalham em casa.
No caso do UBS, o
executivo projeta que, a longo prazo, entre 20% e 30% da equipe trabalhará em
casa e disse que uma taxa de 85% para os bancos “não é sustentável”.
Claro,
fundo de pensão não é instituição financeira, mas o que diz Emotti faz ao menos
pensar.
Até
porque na semana passada, o CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, já
havia dito que o trabalho remoto prolongado pode causar sérios danos
sociais e econômicos, enquanto o diretor-presidente da BlackRock, Larry Fink,
teme que trabalhar em casa resulte em falta de produtividade e de colaboração.
Embora
algumas instituições de Wall Street estejam tentando trazer funcionários
de volta aos escritórios, já há sinais de como isso pode ser desafiador.
O
JPMorgan mandou alguns empregados para casa depois que um funcionário do
departamento de trading de ações deu positivo para a Covid-19.
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