MERCADO FINANCEIRO


QUASE! Bolsa zera perdas da crise, mas cai com risco fiscal na mira.

📊 Ibovespa: -0,45% (114.611 pontos)

💵  Dólar: +1,52% (R$ 5,12)

Resumão:

️ Ibovespa embarca no otimismo da vacinação nos EUA e chega a eliminar perdas da crise no pico do dia, mas cai com preocupações diante do risco fiscal e desvalorização do minério de ferro;
️ senador protocola projeto para estender auxílio emergencial e estado de calamidade e mercado repercute negativamente;
️ queda do dia não apagou os ganhos do Ibovespa nos últimos pregões;
️ Brasil teve média de casos de coronavírus acima de 40 mil pelo 11º dia seguido. Mortes já ultrapassam 181 mil.


A Bolsa sentiu o gostinho de zerar todas as perdas provocadas pela crise durante o dia, quando chegou aos 115.740 pontos – mais do que os 115.645 pontos do último pregão de 2019. 

Mas não foi dessa vez que os anjos disseram amém: o Ibovespa logo perdeu o viés positivo e oscilou para a queda nesta segunda-feira (14).

O começo da vacinação contra COVID-19 nos Estados Unidos colocou uma luz no fim do túnel do mercado financeiro. Com isso, o preço do petróleo subiu e deu aquela forcinha para a Petrobras – que tem um grande peso na carteira teórica do Ibovespa.

Por outro lado, outra commodity sofreu queda no valor: o minério de ferro, fazendo com que os papéis da Vale – que representam 10% do índice – sofressem um bocado.

Quem vem acompanhando o fechamento diariamente sabe que os investidores na Vale deram risada à toa por um bom tempo. 

Apenas em 2020, seus papéis acumularam valorização de 60%. Porém, o fim de ano vem aí – e uma parcela dos investidores preferiu garantir a grana no bolso e realizar os lucros já obtidos com a empresa, ainda mais diante da queda do preço da commodity.

De olho no furo do teto

O investidor também prestou atenção nas movimentações ligadas ao orçamento e à questão fiscal do Brasil. 

Nesta segunda-feira, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), relator do auxílio emergencial no Senado, protocolou um projeto que propõe prorrogar tanto o auxílio emergencial quanto o estado de calamidade até 31 de março de 2021.

Na prática, isso permitiria que a renda básica emergencial fosse prorrogada sem que isso configurasse um furo no teto de gastos – portanto, sem ameaça de crime de responsabilidade por parte do governo (ao menos não por este motivo).

Para completar, governo e estados seguem sem se entender em relação ao plano de vacinação, o que deixa aquela luzinha no fim do túnel mais longe. 

Fica a dúvida: quando o Brasil voltará ao antigo normal – ou algo próximo disso?

Vale ressaltar que o Brasil teve média de casos de coronavírus acima de 40 mil pelo 11º dia seguido. Para comparação, no pico ocorrido entre julho e agosto, o País chegou a registrar 27 dias consecutivos com média móvel neste patamar.

Apesar dos pesares, todo este drama não foi suficiente para apagar os ganhos recentes do Ibovespa. 



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